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Após uma temporada em Florianópolis, onde concluiu seu mestrado em Artes pela UDESC, a artista Irma Brown volta a Pernambuco para apresentar a instalação 'Abre Caminho', que integra a segunda edição do projeto 'Isso foi um estrondo?', na histórica Casa de Câmara e Cadeia de Brejo da Madre de Deus, no Agreste pernambucano.
A mostra é uma das quatro exposições selecionadas pelo Edital – Ocupação das Salas de Exposições, promovido pelo Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco (Secult-PE) e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) - e marca o retorno de Irma ao estado com uma reflexão profunda sobre resistência, transformação e memória coletiva.
Inspirada na planta Justicia gendarussa Burm — conhecida popularmente como 'quebra-demanda' e 'vence-tudo' — a instalação une espiritualidade, corpo e questões sociais em uma narrativa visual que propõe a desconstrução de barreiras e a construção de novos caminhos, e é composta por uma vídeo-performance e uma peça escultórica central. Na performance, Irma, vestindo uma saia de facões e meia-calça vermelha, gira incessantemente em cenários diversos como praias, desertos e florestas.
Já a saia de facas, exposta como uma obra independente, simboliza o corte, a resistência e a força necessária para abrir novos espaços — uma metáfora potente das lutas feministas. "Minha proposta é refletir sobre as formas como enfrentamos bloqueios e criamos passagens, tanto no cotidiano quanto em processos históricos de resistência", explica Irma.
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O PROJETO
'Isso Foi Um Estrondo?' chega à sua segunda edição como um espaço de efervescência cultural no Agreste e apresenta outras três mostras: 'Fundamentos em Ruínas', de Tássio Melo, que explora vestígios temporais; 'Desejo na Ponta da Língua', de Lua Lim, uma investigação sobre corpo e sensualidade; e 'Coruja: Espreita e Ataque', de Milena Travassos, que simboliza o olhar atento e a ação certeira.
Para Irma, expor no interior de Pernambuco é um momento especial. "Estar na Casa de Câmara e Cadeia, no Brejo da Madre Deus, com sua carga histórica e cultural, traz uma dimensão única à obra. É como se o espaço também estivesse se abrindo para novas interpretações e usos", reflete a artista.