| |
Divulgação |
Em um momento comemorativo de seus mais de 15 anos de carreira, ao longo dos quais se consagrou como um dos mais importantes nomes do rap nacional, Filipe Ret mostra que sua influência na cena é também fruto de um desejo intenso por se renovar enquanto retorna às origens. Em dezembro do ano passado, o artista carioca lançou seu álbum FRXV, que rapidamente se transformou em um de seus maiores sucessos nas plataformas digitais, e hoje traz ao solo pernambucano, no Classic Hall, a partir das 20 horas, a sua turnê do disco celebrativo em clima de grande evento, com uma estrutura de palco que busca uma imersão ainda maior da plateia.
Contando ainda com a presença de outros artistas, como Caio Luccas, 7K, Brenu e Alee - que encarou a responsabilidade de abrir o evento -, o show traz uma estrutura inovadora para o rap e trap no Brasil, com três telões verticais, mais de 900 equipamentos de iluminação, uma passarela de 22 metros e um palco flutuante. A turnê segue na toada de grande repercussão para Ret, que realizou uma de suas mais marcantes apresentações no Rock in Rio deste ano, no mês de setembro, no qual celebrou o trap brasileiro com o show 'Para sempre trap'.
Aos 39 anos e uma experiência musical que já perpassa diferentes gerações e momentos da cena do seu estilo musical, Ret vinha sendo muito pedido por parte do seu público para explorar novamente batidas e sonoridades dos primeiros anos de atividade. Com o passar do tempo, o próprio artista passou a sentir a necessidade de mergulhar em um processo de revisão ao mesmo tempo que visualiza o que de melhor aquilo pode lhe proporcionar no futuro, como explicou em entrevista ao Viver.
"Há muitos anos as pessoas vêm pedindo o Ret antigo, só que eu sempre achei isso chato e nunca quis voltar. Até o momento em que eu mesmo comecei a não curtir tanto algumas coisas da cena atual e pensei: 'tá faltando algo e eu vou fazer, vou transmitir isso que eu tô sentindo, não só porque estão me pedindo'. Queria algo com mais banda, mais boom bap. E eu gosto de ter essa mistura, acho que o futuro é isso: uma mistura de timbragem, textura, bateria mais orgânica. Esse disco tem bastante essa versatilidade e eu penso muito em como isso tende a agregar ao show em si e até a outros projetos", comentou. "Os shows no Nordeste são sempre os mais quentes. Eu tô muito feliz de finalmente poder voltar a Recife, especialmente com essa turnê, que está fazendo uma história bonita na cena".