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CINEMA

Equipe de 'O Auto da Compadecida 2' celebra reencontro com clássico após 25 anos

Elenco e diretores vieram ao Recife e conversaram com o Viver sobre experiência das filmagens da continuação, que chega aos cinemas em 25 de dezembro

Publicado em: 12/12/2024 06:00 | Atualizado em: 12/12/2024 01:52

 (Foto: Priscilla Melo)
Foto: Priscilla Melo
Um dos filmes brasileiros mais aguardados dos últimos anos, O auto da Compadecida 2 chega aos cinemas apenas no Natal, mas a capital pernambucana, uma das terras de Ariano Suassuna, já é parada obrigatória para os causos de Chicó e as espertezas de João Grilo. Em rara e nostálgica oportunidade de reencontro 25 anos depois de um lançamento que se tornou clássico instantâneo da cinematografia nacional, o trio principal - composto por Selton Mello, Matheus Nachtergaele e ainda Virgínia Cavendish - e a dupla de diretores Guel Arraes e Flávia Lacerda vieram ao Recife na tarde de ontem para conversar com a imprensa sobre a continuação, antes de uma pré-estreia com tapete vermelho à noite.

O roteiro contou com colaboração de João Falcão, Adriana Falcão e Jorge Furtado, além do próprio Guel, que comandou o primeiro filme, e acompanha os protagonistas lidando com a fama que João Grilo ganhou em Taperoá após sua ressurreição. Com várias adições importantes ao elenco, como Luís Miranda, Eduardo Sterblitch, Humberto Martins, Fabíola Nascimento e, principalmente, Taís Araújo, como a nova Nossa Senhora, o projeto finalmente ganha as telas após uma gestação cuidadosa de vários anos. 

"É incrível como você ri e se diverte no filme, mas ao mesmo tempo o assiste muio emocionado. A presença desses dois personagens é forte demais, são dois super-heróis brasileiros. Quando pus a roupa, tive a sensação de ter colocado a capa do Super-Homem, por exemplo, e quando vi o Matheus pronto na minha frente senti um privilégio inacreditável de estar na frente do João Grilo mais uma vez. Essa sequência é bonita por ser menos uma continuação e mais uma celebração, um convite para você passar um tempo ali com esses personagens tão queridos do Brasil", afirmou Selton Mello em entrevista ao Viver.

"O reencontro com Selton é tão forte que todas as vezes que eles se emocionam no filme, nós dois nos emocionamos de fato. Não é toda vez que temos a oportunidade retornar aos nosso personagem mais popular. Receber de volta o João Grilo, que nasceu da obra de um dos maiores autores do mundo, que é Ariano, é o maior presente que um ator pode receber", destacou Matheus. "'O auto da compadecida' é uma comédia hilária, mas ao mesmo tempo a culminância dela é num auto, onde Nossa Senhora vai interpelar pelo homem simples do Brasil. Eu acho isso muito bonito, essa ideia do julgamento do destino do homem simples, que só estava sobrevivendo, apesar de seus muitos defeitos. E isso é retomado nessa continuação, que é mais uma celebração do que um filme. É uma festa", completou o ator.

"É muita química e naturalidade entre nós três e ao mesmo tempo a dinâmica no set de Guel e Flávia é inacreditável de tão ágil, principalmente nesse filme, que é uma produção enorme com vários elementos técnicos para fazer a coisa acontecer visualmente. E reencontrar a Rosinha, agora ainda mais empoderada e decidida de suas escolhas do que já era no primeiro, foi fascinante", destacou Virgínia Cavendish. 

"A ideia principal era levar em conta a passagem do tempo para esses personagens, transformando o João Grilo em uma figura icônica da cidade a partir dos acontecimentos do primeiro filme e das próprias histórias contadas por Chicó, o que cria uma reverência à obra original, mas ao mesmo tempo uma história nova. Queríamos respeitar a base do texto e o estilo de Ariano mas sem imitá-lo. Só topamos fazer quando descobrimos essa história que realmente tivesse força e originalidade", explicou Guel.

Explorando Taperoá a partir de uma proposta visual mais dinâmica e propositalmente teatral, resgatando, portanto, as suas origens como peça, o filme utiliza vários efeitos visuais que tornam a experiência bastante diferente da do primeiro filme. "O digital veio para nos dar um suporte grande em nosso ideal estético, que tornasse mais coerente aquilo que queremos contar, tanto enquanto texto quanto enquanto amadurecimento profissional nosso. Nos propusemos a usar e aprender com a tecnologia para criar esse universo de uma maneira diferente. Queríamos radicalizar a leitura do primeiro filme como uma fábula, uma invenção, uma imaginação, algo mítico de um inventor, e o uso do digital e das filmagens em estúdio possibilitou construir isso também", acrescentou Flávia sobre o tratamento visual da continuação.
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