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BRECHÓ

Brechós e moda autoral: boas opções para comprar a roupa do fim de ano

Empreendedores oferecem peças bonitas, conservadas e com preços acessíveis

Publicado em: 28/12/2024 18:36 | Atualizado em: 28/12/2024 23:12

 (Marcelo Cavalcante/Especial para o DP)
Marcelo Cavalcante/Especial para o DP

 

Por Marcelo Cavalcante
Especial para o Diário

 

Dezembro chegando ao fim, ano indo embora e desperta nas pessoas a vontade de se despedir do que aconteceu. E abrir os braços para o que está por vir. O ritual que se celebra com festa e as pessoas vão em busca de roupas novas. Uma cultura que se cristalizou ao longo dos anos. E, portanto, em 2024 não está sendo diferente. Faltando poucos dias para o novo ano chegar e com o dinheiro já curto, a pedida é encontrar um nicho de mercado que oferece belas peças com preço mais acessível: os brechós, onde se compra roupas usadas, mas em perfeitas condições de uso. Em Recife, há vários espalhados e de portas abertas para receber os retardatários que ainda não garantiram as vestes para o fim de ano.

 

O brechó Garimpo das Grifes existe há 13 anos. Há uma loja na rua Barão de Contendas (bem em frente à sede do Náutico), nos Aflitos, e outra na av. Conselheiro Aguiar, em Boa Viagem.  A proprietária Rafaella Pontes afirma que resolveu investir no mercado porque acredita que os produtos “second hand” é uma oportunidade de ter roupas de qualidade com preços acessíveis. “Além disso, estamos colaborando com o meio ambiente, pois o mercado têxtil é o mais poluente do mundo”, diz Rafaella. Na Garimpo, há roupas para masculinas, infantis e femininas, o carro-chefe. “Fizemos uma curadoria incrível para o Réveillon. Os preços variam de R$ 29,00 a R$ 550,00, dependendo das peças. 

 

Na rua Ferreira Lopes, no bairro de Casa Amarela, na zona norte da capital pernambucana, dois brechós dividem o espaço no coletivo Casa Balaio.  O Epriu Brechó já existe há quatro anos comercializando roupas masculinas, femininas, além de peças antigas para casa. Priscila Freitas é formada em design de moda e tinha uma vasta lista de amigas que queria se desfazer das roupas. Trabalhou oito no mercado da moda, então construiu uma gama de clientes. 

 

No brechó tem roupas para todos os gostos e estilos. O preço varia de R$  40 a R$ 150. “A gente tem percebido que houve um aumento considerável no número de vendas no Réveillon e, especialmente, no Dia das Mães. Mas ainda há no público um preconceito para compra como presente para alguém”, destaca Priscila, que tem a jornalista Ana Soares como sócia e conta com uma lista de 450 pessoas que deixam suas roupas em consignado para a venda.

 

No mesmo espaço, também funciona a Semente Brechó Infantil, que nasceu há seis meses, e já começa a evoluir bem. Quem faz a curadoria das roupas e cuida das vendas é Maristela Viana. “Existe uma lacuna de brechós na cidade, então revolvi empreender nesse nicho. E tem dado certo. Venho recebendo roupas de qualidade das amigas e outras pessoas que me procura para deixar as peças”, conta. As roupas têm preços variando entre R$ 20,00 e R$ 100,00. Já os calçados, que em criança tem um prazo de validade muito curto por conta do seu crescimento, variam entre R$ 50,00 e R$ 90,00. 

 

MODA AUTORAL

 

Circulando pelos brechós e coletivos do Recife, também se descobre que muitas empreendedoras estão se fortalecendo também por criarem suas próprias marcas de roupa. É uma nova opção de compra, valorizando o que se produz na terra, estimulando o empreendedorismo e adquirindo uma roupa bacana, que se encaixa com o seu gosto e garante um visual diferente para o Réveillon. 

 

Pollyana Ramalho é uma das sócias da Serpentina Moda e Folia, que surgiu em 2017.  Ela criou a marca para realizar o sonho de empreender no mundo da moda. O negócio cresceu. Se no começo, ela criava e sentava na máquina de costura para produzir, Pollyana passou a ser a gestora da casa. Mas, claro, não deixa de lado o seu dom. As roupas têm um preço médio de R$ 150,00.  “A moda autoral vem ganhando muito espaço no coração dos consumidores. Eles já entendem que o consumo desenfreado por trazer danos a sociedade e meio ambiente. Comprar menos e com qualidade, ter uma roupa em pequena escala traz uma sensação de exclusividade”, comentou. 

 

Isolda Azevedo deu à marca seu próprio nome por se tratar de roupas 100% autoral. Ela cria a modelagem inicial da peça à arte esculpida na madeira. Dessa forma se obtém o molde para xilogravura que é o carro-chefe da marca. “Transformei parte do meu apartamento em ateliê, mas já vislumbro a possibilidade de a loja ter um lugar próprio para a fabricação”, explicou Isolda, que começou a vender há apenas dois meses. “Sou uma Pernambucana raiz, que ama a sua cultura, e que tinha o desejo de mostrar ao grande público roupas artesanais em uma nova linguagem”, completou.

 

Ela produz roupas exclusivamente para o público feminino adulto, mas já estuda a possibilidade de estender para o mundo infantil. As vendas são através das redes sociais e envio pelos aplicativos de entrega. Isolda está atenta às feiras realizadas na cidade, como aconteceu na Feira Terra Pernambuco, que aconteceu no início de dezembro. O preço médio das roupas é R$ 120,00. “Já estou fazendo estudos para as produções visando o Carnaval”, avisa. 

Serviço

Garimpo das Grifes: Rua Barão de Contendas, 67, Aflitos. Av. Conselheiro Aguiar, 523.

 

IG: @brechogarimpodasgrifes

Epriu Brechó: Rua Ferreira Lopes, 129, Casa Amarela.

IG: @epriu.brecho

 

Semente Brechó Infantil : Rua Ferreira Lopes, 129, Casa Amarela

IG: @semente_brechoinfantil.

 

Serpentina Moda e Folia: Rua Ferreira Lopes, 129, Casa Amarela

IG: @sepertinamodaefolia

 

Isolda Azevedo: Não há espaço físico. Venda pelo IG: @isolda.azevedo. 

TAGS: brechó | viver |
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