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Terra natal de Vitor Araújo, Recife foi escolhido como palco do último show (Foto: José de Holanda) |
A vida é feita de ciclos, e para Vitor Araújo e Arnaldo Antunes, mais um se encerra neste sábado (07/12), às 20h, no Teatro do Parque. A dupla conclui a turnê do álbum Lágrimas no Mar (2021) após três anos circulando pela Europa e dezenas de cidades brasileiras, inclusive no Recife, onde se apresentou ano passado em palco dividido com Nando Reis. A escolha de encerrar na capital pernambucana, terra natal do pianista, é também uma homenagem à parceria que teve início em São Paulo, cidade do ex-Titãs. Com as meias entradas esgotadas, ingresso social (R$ 90) e inteira (R$ 120) continuam disponíveis para compra no site da Bilheteria Digital.
Na passagem anterior por Recife, a apresentação foi limitada a 40 minutos, deixando um gostinho de "quero mais". Desta vez, a cidade será palco da versão completa de Lágrimas no Mar, com todas as suas nove faixas, além de canções de outras fases de Arnaldo Antunes e poemas intercalados durante a performance. “Finalmente faremos o show completo na cidade, com tudo que ele merece. É uma oportunidade de colocar muito de Recife nesse encerramento, e isso me deixa extremamente feliz”, celebra Vitor.
Em parceria com o pianista desde 2019, quando se cruzaram no programa Altas Horas, da TV Globo, Arnaldo salienta a versatilidade artística de Vitor como o grande diferencial nos shows que a dupla tem realizado. “Ele trouxe novos elementos, como sons eletrônicos e instrumentos de brinquedo, o que ampliou nosso universo artístico. Exploramos performances que iam além da música, mas sem perder a essência do nosso encontro musical, que foi muito bem registrado e que nos trouxe muita realização. Encerrar esse ciclo em Recife, cidade do Vitor, torna tudo ainda mais especial”.
Lágrimas no Mar também se desdobrou em um disco ao vivo, lançado em abril deste ano, cuja sonoridade extrapola em silêncio e ruídos se comparada à versão do estúdio. A explosão de sentimentos no palco expande as linguagens de piano e voz para diversas direções. “No estúdio, havia um foco mais cerebral, com uma busca por síntese, tentando extrair o máximo de elementos a partir do mínimo. No show ao vivo, por outro lado, vivemos momentos de puro excesso, com a potência do calor do momento e uma entrega mais expansiva”, comenta Vitor.
Outro desdobramento foi a produção audiovisual intitulada Lágrimas no MAM, disponível no Globoplay. Ao longo de cinco episódios, o público é banhado pela imensidão artística que é o encontro entre Arnaldo e Vitor no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM). Essa conexão resulta em um show intimista na Capela do local, com versões de músicas que marcaram a carreira de Arnaldo, como Socorro, O Pulso e Contato Imediato, além de uma apresentação de O Real Resiste.