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Fotos: Divulgação |
Nesta quarta-feira (20), o Brasil celebra pela primeira vez o Dia Nacional da Consciência Negra como feriado oficial e a data ganha destaque no Recife com o 4º Festival Pernambucano de Literatura Negra. O evento evidencia a força da mulher negra e a importância da literatura e da poesia como instrumentos de memória e preservação da cultura africana no país.
Com uma programação diversa, o festival acontece na Livraria Jaqueira, no Bairro do Recife, a partir das 14h. O evento reúne escritores, poetas e ativistas, destacando o papel da arte negra como ferramenta de resistência e transformação social. A abertura será marcada pela mesa-redonda “A justiça é uma mulher negra: literatura e intelectualidade como instrumentos políticos”, que traz a procuradora federal e a escritora Chiara Ramos e a jornalista Marta Souza para discutir como a literatura pode ser um instrumento para a luta por patrimônio líquido.
Logo em seguida, às 15h30, o painel “Eu sou porque nós somos: sonhos e narrativas de mulheres negras escritoras” aborda a ancestralidade e o pertencimento coletivo, com participações de grandes nomes da literatura pernambucana como Inaldete Pinheiro, ativista e fundadora do Movimento Negro de Pernambuco; Odailta Alves, escritora e educadora premiada; e Maria Cristina Tavares, idealizadora da Maria Livreira, que trabalha com literatura negra e indígena na educação antirracista.
Às 16h30, a escritora Jaqueline Fraga lança a segunda edição do livro ‘ Movendo as Estruturas', seguida de um sorteio de livros e sessão de autógrafos. O sarau literário começa às 17h30, reunindo nomes como Anna Carolina Nogueira, integrante do coletivo literário Mala Preta; Crislaine Venceslau, poetisa premiada e ativista cultural; e Joaninha Dias, educadora que utiliza sua poesia para recontar histórias ancestrais e resistir às opressões sociais; e Marcondes FH, poeta e artista plástico, que tratá seus versos que refletem sobre raça, memória e sexualidade.
Para encerrar o evento, a partir das 18h30, o público é convidado a participar de um microfone aberto e a diversão de um sarau musical com a cantora Luana Tavares. O festival é organizado pela Negra Sou Hub de Comunicação de Literatura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Banco do Nordeste. Além disso, há incentivo da Lei Paulo Gustavo (LPG Recife).