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Foto: Felipe Souto Maior |
Neste sábado (30), às 15h, no Quilombo de São Lourenço, em Goiana (Zona da Mata Norte do Estado), começa um projeto de intercâmbio musical com a proposta de diálogo entre as raízes culturais do frevo, que carrega a ancestralidade afro-brasileira.
A Orquestra de Frevo Revoltosa, coordenada pela Sociedade Musical 5 de Novembro, realiza apresentação com mais de 30 composições de Menezes, como Frevo da Lira e Evocação Número 3, celebrando sua dedicação à música e sua contribuição ao frevo, além de 'Freio a óleo' (1950), 'Boneca' (1953), 'Terceiro dia' (1960), 'Tá faltando alguém' (1961), entre outros.
A ligação entre Menezes e a Revoltosa também é familiar: seu pai presidiu a Sociedade Musical 5 de Novembro, consolidando um legado de valorização da cultura local que agora se perpetua pela nova geração de músicos.
A Orquestra de Frevo Revoltosa é composta por, aproximadamente, 14 jovens da periferia de Nazaré da Mata, que encontram na música uma ferramenta de transformação social e de capacitação técnica.
“Este projeto vai além de uma apresentação; é um reencontro do frevo com suas origens afrodescendentes, em espaços que simbolizam resistência e ancestralidade. É também uma oportunidade de celebrar o legado do Maestro José Menezes e a força da juventude que preserva e renova o legado do frevo”, afirmou o músico, idealizador e maestro do projeto, professor Severino Belarmino, conhecido como Maestro Sapatão.
O projeto, realizado com incentivo da Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco, por meio do Funcultura, também vai ganhar uma versão audiovisual, será disponibilizada no canal do Youtube da Revoltosa. Em dezembro, será realizada apresentação na Associação Quilombola dos Produtores Rurais do Território de Inhanhum, em Santa Maria da Boa Vista. Já em janeiro, a programação acontecerá na sede da Associação Quilombola Leitão da Carapuça, em Afogados da Ingazeira.