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CINEMA E HISTÓRIA

InstitutoRB mostra exibições em Super 8 no seu último CIME de 2024

Evento exibirá no Instituto Ricardo Brennand, na Várzea, especial voltado para um dos movimentos mais importantes da história do cinema pernambucano nesta quarta (27)

Publicado em: 26/11/2024 10:20

 (Divulgação)
Divulgação
O último CIME-Cinema, Museu e Educação de 2024, a ser realizado no Instituto Ricardo Brennand, na Várzea, nessa próxima quarta-feira (27), a partir das 15h, será uma homenagem à Sétima Arte, com foco nos cinemas de rua e na produção de Super8 mm  que tem história importante a contar sobre um Recife não tão distante, efervescente na produção cinematográfica. 
 
Se voltarmos no tempo, constatamos que  após o histórico movimento Ciclo do Recife, na década de 1920, a capital enfrentava período de marasmo na Sétima Arte. Entre 1973 e 1983,  despontamos então nos festivais graças ao Super8mm. Era aquela forma de filmar considerada uma alternativa de pouco custo, onde as gravações, em 8mm , por câmeras lançadas pela KodaK, nos Estados Unidos, em 1965, serviam mais para uso amador. O lema era “fazer muito com pouco”. E muitos viviam do Super 8 profissionalmente, cobrindo casamentos, batizados, aniversários, formaturas. Devido ser de fácil acesso começou a ser experimentada também por estudantes.
 
Mas existiam os inquietos que  começaram a fazer arte cinematográfica com filmes curtinhos  como os  cineastas Jormard Muniz de Brito, Fernando Spencer, Geneton Moraes, Celço Marconi, Paulo Cunha, Amin Stepple. O movimento era tão ativo na capital recifense que em 1976 foi criado o Grupo de Cinema Super8 de Pernambuco.
 
E essa agenda do InstitutoRB no CIME terá como convidado o colecionador Edvaldo Mendonça , do município de Bezerros que falará da sua paixão. E exibirá para os presentes  curiosos, apaixonados pelo cinema, parte do seu precioso e variado  acervo de equipamentos cinematográficos,  filmes , cartazes de obras de época. Edvaldo promete  produções  do universo do Super8, das produções em 16mm e  também em 35mm, como A vida de Cristo, de 1912, e outras obra da mesma temática de 1980 para análises entre uma e outra. E explicará  como começou sua coleção, ainda adolescente, em 1985 até os dias de hoje  e o trabalho de memória que cultiva, bem como o esforço para manter as preciosidades  do seu acervo.
 
“Com as redes sociais muito mudou para colecionadores como eu. Agora fica mais fácil encontrar quem também  coleciona e provocarmos trocas de conhecimentos, o que é enriquecedor“, diz, lembrando que continua inda hoje a ampliar o seu acervo. Ele levará a essa edição do CIME, do Instituto Ricardo Brennand, o conjunto de 40 dos mais de cem filmes que cataloga e modelos de projetores  diferenciados entre 1970 e 1980.
 
O CIME-Cinema, Museu e Educação é uma iniciativa do Ministério da Cultura em parceria com o Instituto Ricardo Brennand através da Lei de Incentivo à Cultura (PRONAC 235689). Uma ação educativa que associa a produção audiovisual com o acervo do Instituto Ricardo Brennand. A ação realiza a exibição de obras audiovisuais a partir da interlocução com as obras da coleção e de um tema emergente da sociedade. Em seguida ocorre um debate com os diretores e produtores do filme e o público inscrito.
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