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TEATRO

Monólogo 'A Luta', com Amaury Lorenzo, chega ao Teatro do Parque neste domingo (13)

Espetáculo é adaptação da última parte de 'Os Sertões', clássico de Euclides da Cunha

Publicado em: 11/10/2024 15:57 | Atualizado em: 11/10/2024 16:01

 (Foto: Nando Machado)
Foto: Nando Machado
Neste domingo (13), às 19h, chega ao Teatro do Parque a peça protagonizada por Amaury Lorenzo que vem conquistando a crítica e o público. Protagonista da novela Volta por cima, da Rede Glogo, o ator traz ao Recife o monólogo 'A luta', baseado na terceira parte do livro Os sertões, clássico de Euclides da Cunha (1866-1909), utilizando uma longa prosa épica para tratar das batalhas ocorridas em Canudos em 1896. 

Da mesma maneira que os rapsodos cantavam a Ilíada e a Odisseia de Homero, o artista conta as sucessivas investidas do exército brasileiro contra o arraial e a reação de seus habitantes. Essa última parte do livro possui uma carregada força simbólica que abandona a linguagem acadêmica para traduzir de maneira jornalística a guerra de ideias entre as forças republicanas e o obscurantismo religioso. 

A direção é de Rose Abdallah e a dramaturgia é de Ivan Jaf, com música original de Alexandre Dacosta, iluminação de Ricardo Meteoro e produção local a cargo da Roberto Costa Produções. Amaury, que ganhou muito destaca com sua interpretação do personagem Ramiro da novela Terra e Paixão, demonstra grande alegria de poder se reconectar com suas raízes familiares nordestinas tanto através da peça quanto pela chegada à capital pernambucana.

"Minha mãe é alagoana e eu tenho família no Sertão Nordestino, então essa conexão é muito forte pra mim em termos de território. Essa é uma história de brasilidade, de construção da nossa identidade, se passa em um período de fim de monarquia e uma fase de um novo Brasil surgindo. Essa é minha primeira experiência com monólogo e está sendo maravilhso. E tudo depende da conexão do ator com o público, e isso é que é o melhor do teatro, na sua mais profunda sofisticação. Nele você não tem cenário, figurino ou qualquer aparato senão o ator que está no palco e isso é muito poderoso. Com tantas dificuldades que a gente tem no setor artístico, eu sinto um privilégio enorme de poder fazer esse projeto", afirma o ator.
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