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Foto: André Guerra |
Nesta quinta-feira (5), ocorreu a cerimônia de abertura da 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, com a presença do presidente Luís Inácio Lula da Silva, a primeira-dama Janja e outras autoridades do governo federal. Com previsão de início às 20h, a solenidade acabou começando apenas por volta das 21h15.
"Eu estava falando sério quando disse durante a campanha que queria um Brasil com mais livros e menos armas", afirmou o presidente em seu discurso, após se desculpar pelo atraso. "É com imensa alegria que eu volto a esta Bienal 20 anos depois da primeira visita".
O chefe do executivo destacou a importância dos presidentes comparecerem ao evento literário. "Eu não entendo por que presidentes da república não gostam de Bienal, de prefeitos, de reitores. Eles deveriam participar de todas as feiras de livros para serem estimuladores do futuro e da leitura nesse país", disse Lula. "Nos 580 dias em que estive preso em Curitiba, tornei-me um leitor compulsivo. Perdi a conta de quantos livros eu li, entre sociologia, ciências políticas e literatura. Os livros foram meus companheiros na luta contra a solução", relembrou.
Este ano, o evento terá como país convidado a Colômbia (em 2022, o escolhido foi Portugal). Completando seu discurso, Lula destacou ainda a referência cultural/literária que considera o país vizinho sul-americano. "A Colômbia nos encanta pela beleza de sua cultura e a literatura de autores extraordinários como Gabriel Garcia Marquez, de quem tive o prazer de ler Cem anos de solidão e O amor nos tempos do cólera".
Na cerimônia, o governo anunciou a criação de bibliotecas comunitárias obrigatórias nos conjuntos habitacionais do Minha Casa Minha Vida. O presidente assinou o decreto que regulamenta a lei 13.696, que institui a Política Nacional de Leitura e Escrita (PNLE).
Entre as autoridades de destaque presentes no evento, falaram a Ministra da Cultura, Margareth Menezes, o Ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, e o Ministro da Educação, Camilo Santana.