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Edu Deferrari |
O desejo do baixista do Sepultura, Paulo Xisto, virou realidade. E melhor para os fãs pernambucanos, que testemunharão o derradeiro show do Sepultura em 2024, na turnê ''Celebrating life through death'', que marca a despedida da maior banda de heavy metal do Brasil. O quarteto toca no dia 14 de dezembro, no Classic Hall, de acordo com as datas finais do giro, divulgado hoje.
Além de Pernambuco, a programação de apresentações também inclui Bahia (Salvador, 12/12) e Maranhão (São Luís, 7/12), outras duas cidades nordestinas onde não havia previsão de receber a banda, quando a turnê foi apresentada. Os outros dois shows dessa última perna serão em Ribeirão Preto (29/11) e Manaus-AM (5/12).
"Espero que ainda consigamos ir a Recife. É o nosso desejo voltar a todos os lugares por onde já passamos e tentar ir a alguns lugares onde ainda não estivemos. Acredito que ainda haja uma brecha para negociação para nos apresentarmos em Recife, assim como em Salvador, que não entrou, e São Luís, onde também não passamos. É algo que ainda pode acontecer. Estamos torcendo por isso", disse Paulo, em entrevista ao Viver, no final de julho, pouco antes da apresentação em João Pessoa, quando muitos fãs pernambucanos pegaram a estrada para acompanhar.
O baixista também destaca a importância de Chico Science e Nação Zumbi como uma das influências para o Sepultura, mesmo com os metaleiros tendo iniciado a carreira bem antes, ainda na metade dos anos 1980. "Entre as influências do Sepultura, com certeza Chico Science e a Nação Zumbi foram marcantes, assim como vários outros artistas do Brasil. Principalmente quando tivemos a oportunidade de fazer excursões e viajar pelo mundo inteiro, começamos a absorver a cultura brasileira de uma forma diferente e a enxergar o Brasil de outra perspectiva."
O Sepultura veio ao mundo em dezembro de 1984, quando os imrãos Max e Iggor Cavalera e um grupo de amigos adolescentes subiram ao palco pela primeira vez, em Belo Horizonte. A história da banda pode ser dividida em duas eras: uma marcada pela presença dos irmãos fundadores, e a outra na qual Andreas Kisser deu continuidade ao grupo após a saída dos Cavalera. Além de Kisser, a formação atual conta com o vocalista Derrick Green, o novo baterista Greyson Nekrutman, e o baixista Paulo Xisto - último remanescente da estrutura original.