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MOV: Festival Internacional de Cinema Universitário de Pernambuco celebra formação e conexões

Evento ocupará o Teatro do Parque e o Cinema do Museu entre 3 e 7 de setembro; as inscrições são feitas através do site mov-festival.com e os horários e informações das sessões estão disponíveis nas redes @movfestival

Publicado em: 26/08/2024 06:00

 (Foto: Pedro Melo)
Foto: Pedro Melo
Entre os dias 3 e 7 de setembro, o Teatro do Parque e o Cinema da Fundação (Museu) serão movimentados por trocas, exibições e aprendizados que acabam de completar 10 anos. Chegando à sua 6ª edição (devido às pausas do período pandêmico), o MOV - Festival Internacional de Cinema Universitário de Pernambuco já anunciou sua programação completa de atividades que valorizam a produção jovem de diferentes regiões do Brasil e do mundo, contando com sessões especiais de obras produzidas na Escuela Internacional de Cine y Televisión de Cuba (EICTV) e filmes de egressos das universidade pernambucanas.

Marcando ainda o retorno do MOV Acampa, projeto que permite universitários de todo o país se hospedarem no Recife gratuitamente para participar do festival, esta edição é mais um capítulo do que começou como uma demonstração da força da produção audiovisual da juventude. Vini Gouveia, criador e diretor artístico da iniciativa, passou a desenvolver a ideia a partir de um intercâmbio na França. Notando a escassez de uma janela de exibição e divulgação para filmes produzidos por universitários, o também cineasta começou a pensar na melhor maneira de fazer esses estudantes participarem da cena cinematográfica, conhecerem novas pessoas e dialogarem com outras formas de linguagem.

Em 2014, então, nasceu o MOV - nome que faz referência tanto a 'movimento' quanto à palavra em inglês 'movie' (filme) – e, junto com ele, as oficinas de formação. Este ano, o festival terá o MOV LAB, que vai oferecer consultoria gratuita em roteiro, produção e pitching de projetos para curtas-metragens. No total, oito projetos serão selecionados para terem reuniões particulares com os mentores Léo Falcão (roteiro), Tarsila Tavares (produção) e Mannu Costa (pitching).

Já na parte formativa, realizada na Universidade Católica de Pernambuco e no Cinema do Museu, o roteirista Edu Araújo, com ampla experiência na TV Globo, Spotify e streaming, dará oficina de Narrativas Ligeiras; a artista multidisciplinar, cantora e preparadora de elenco Nash Laila traz ao festival a oficina de Atuação, enquanto a bacharel em Cinema e Audiovisual Germana Glasner, com experiência em assistência de direção, produtora e colorista, comanda a oficina de Pós-produção de Cor de Baixo Orçamento.

Ao Viver, Vini Gouveia comenta sobre a transformação e importância deste trabalho formativo do MOV e revela os objetivos centrais para a mobilização desse projeto. "É bastante comum as pessoas acharem que o filme universitário é um filme 'não finalizado', um filme necessariamente 'experimental' ou de estudo. Eu queria mostrar que não, que o cinema universitário é, na verdade, um cinema de espírito jovem, urgente e com ideias propulsivas que as pessoas querem compartilhar muito rápido, pra refletir pautas da forma mais imediata possível. Quando um assunto começa a ganhar força na sociedade, os primeiros filmes que você tem que olhar são os universitários, que vão estar lidando com isso", destacou o idealizador.
 
“A formação das oficinas, em particular, é realizada através de uma escuta longa com a comunidade universitária local ao longo do ano e a gente notou uma alta demanda por roteiro, atuação e de finalização de cor na pós-produção. Elas tem o objetivo de instrumentalizar esses estudantes ou mesmo pessoas que queiram se aventurar na produção”, completou.

Vini concluiu falando sobre a posição de destaque do festival no cenário nordestino e brasileiro. "Temos que nos reinventar o tempo inteiro, já que tanta coisa mudou desde que começamos em 2014 na forma de fazer e consumir cinema. O MOV é o único festival de cinema universitário de Pernambuco e o único internacional do Nordeste, então ocupamos um lugar estratégico para dar esse empurrão inicial na carreira de jovens cineastas. Queremos democratizar não apenas o aspecto exibidor, mas também o de quem está por trás da produção.”

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