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Sofia Santino aguardou o momento oportuno para ingressar no audiovisual
(Foto: Pedro Argueles
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Segundo a escritora Helen Keller, “sozinhos, pouco podemos fazer; juntos, podemos fazer muito”. A influenciadora pernambucana Sofia Santino já realizou grandes feitos, e agora projeta expandir seu alcance além das redes sociais, apoiada pela força de seus 16 milhões de seguidores. No momento, Sofia concilia a produção de conteúdo com sua nova carreira como atriz, que ganhou mais fôlego após a estreia de seu novo filme no Youtube. Intitulado 4 - A Posição da Morte, o projeto é uma comédia trash que incorpora o mesmo estilo de humor dos influenciadores envolvidos, como Whindersson Nunes, Doarda, Ciclopin, Bomtalvão, entre outros.
Desde 2017, Sofia Santino se destaca na web com um conteúdo que combina humor e lifestyle em seu dia a dia. Ela também produz tutoriais de maquiagem, receitas de culinária, momentos ao lado de sua gata "Bella Haddid", encontros com amigos, entre outros. Enquanto alguns menosprezam a criação de conteúdo como trabalho, Sofia assumiu novas responsabilidades desde que conquistou milhões de seguidores. “Acho que enxergo muito mais de uma forma profissional agora. Antes, era mais sentimental. Eu fazia o que gostava. Às vezes, fazemos coisas que exigem um pouco mais da gente e precisamos entregar carisma”, conta em entrevista exclusiva ao Viver.
Embora fascinada por teledramaturgia desde sua adolescência no Recife, quando acompanhava séries da Disney Channel, Sofia não deu muita atenção à carreira teatral por conta da incerteza financeira. Tudo mudou quando seu carisma brilhou na internet. “Sempre quis isso, e quando comecei a trabalhar com internet, me vi morando em São Paulo, tendo uma condição financeira boa e tal, falei: ‘Agora posso abraçar esse sonho e ir atrás de estudar’”, afirma. Após finalizar a formação em São Paulo, a influenciadora e atriz está preparada para novos desafios.
4 - A Posição da Morte traz o roteiro escrito por Sofia em colaboração com os amigos Gabriel Coppola e Ciclopin. A ideia autoral conta a história de dois casais que alugam acidentalmente a mesma casa de temporada, e devido a alguns problemas da plataforma, são obrigados a passar o final de semana juntos em uma casa misteriosa, onde coisas estranhas começam a acontecer. A criadora destaca que a bagagem no conteúdo digital ajuda na construção de narrativas. “Acho que esse meu lado criador me puxa para criar. Como atriz, agrega muito ter essa propriedade do texto. Tenho histórias na minha cabeça que sinto a necessidade de externalizar”.
Mesmo há seis anos longe do Recife, Sofia Santino traz consigo seu charmoso sotaque pernambucano em todas as suas atuações. Ciente do estigma que pode enfrentar por não se enquadrar nos padrões aceitos de fala, ela valoriza seu sotaque como uma marca pessoal que enriquece seus personagens. “O meu sotaque é o meu patrimônio. Sou completamente apaixonada e não quero perder de jeito nenhum. Sempre falo que a única maneira de neutralizar o sotaque seria se eu pegasse uma personagem que exigisse isso. Mesmo assim, eu ia buscar neutralizar de forma temporária, para depois conseguir não perder”, afirma.
Em 2022, Sofia e outros influenciadores lançaram Sexta-Feira 12, seu primeiro filme de terror trash. Com dois filmes de estilos semelhantes no currículo, a atriz quer se desafiar em novos papéis, tendo uma inclinação particular para vilãs. “Sempre tendo a ir para esse lado mais do trash, da comédia. Eu gosto muito. Acho que me identifico mais, consigo me soltar e me identificar com as personagens. Nunca fiz um drama, algo mais denso. Mas sou louca por terror, suspense. Então, eu queria fazer uma vilã. Acho que é meu papel dos sonhos”.
Muitos influenciadores veem no Big Brother Brasil um atalho para ganhar projeção nacional ou trilhar carreira artística. Sem fechar as portas para convites, Sofia Santino se diz satisfeita com o desenvolvimento de sua trajetória como atriz. “Acho que é um caminho viável. Muita gente abraça essa oportunidade. Se eu fosse convidada, não sei se teria coragem de recusar. Mas não é uma ideia que me entusiasma muito. Já tenho um trabalho, consigo me sustentar bem trabalhando com a internet, isso me dá tranquilidade. Posso fazer as coisas com calma, estudar, me aprofundar e escolher meu caminho. Então, eu iria, mas não sou fissurada nessa ideia.”