TEATRO
Por: Antônio Gois
Publicado em: 12/07/2024 19:13 | Atualizado em: 12/07/2024 19:35
Exposição relembra dramaturgo Luiz Marinho (Monique Silva) |
Uma exposição que começou no último dia 6, no Teatro Hermilo Borba Filho, no Bairro do Recife, pretende relembrar vida e obra do dramaturgo timbaubense Luiz Marinho.
'Luiz Marinho: um resgate do autor que veio da mata' pretende considerar o sujeito: um autor de ancestralidade indígena, natural da Zona da Mata e primeiro juremeiro a adentrar a Academia Pernambucana de Letras.
Marinho foi detentor de uma série de prêmios, alcançando até o Molière, considerado o "Oscar do Teatro". Dentre suas 14 obras, 'Um Sábado em 30' merece um maior destaque, ultrapassando os 30 anos em cartaz no Recife e se tornando a peça com mais tempo em exibição na história de Pernambuco.
Em conversa com o Diario, Henrique Falcão, antropólogo e curador da exposição, afirmou que o evento pretende ir além do clássico 'vida e obra'. "Pretendemos entendê-lo não só como artista, não só como esse indivíduo representante da arte pernambucana, mas como uma representação política também. Luiz era uma pessoa racializada, ele era um homem que vem de uma ancestralidade indígena, diferente dos demais autores que vão conseguir atingir o patamar de se inserir na Academia Pernambucana de Letras".
Monique Silva |
"Ele é o primeiro autor da história da Academia a assumir essa pertence religiosa como um juremeiro, uma religião de matriz indígena. Ele traz isso à tona no seu discurso de posse. Esse foi um dos motivos que nos instigou a fazer a exposição, porque muito do que se tem como o indivíduo do Luiz Marinho, o sujeito do Luiz Marinho, é pouco acessado por esses pesquisadores e que muitas vezes interpretam o que ele escreve em suas obras como seu processo de pesquisa distante do seu indivíduo, e na realidade ele era muito mais próximo do que ele escreveu do que parece", explica Falcão.
Com curadoria de Henrique Falcão e direção artística de Lucas Falcão, a exposição apresenta cartazes, fotografias, comendas, textos e materiais de cunho pessoal e das obras.
A exposição fica aberta até 31 de julho, no Teatro Hermilo Borba Filo, com visitas de terça-feira à domingo, das 10h às 17h. A entrada é franca.
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