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AUDIOVISUAL

Cinema pernambucano ganha obra completa que marca seu centenário

Livro de Germana Pereira e Ernesto Barros cataloga e resgata todos os períodos da produção, desde o Ciclo do Recife até o cinema contemporâneo

Publicado em: 06/05/2024 12:17

 (Divulgação)
Divulgação
Nesta segunda (6), às 19h, será lançado no Cinema da Fundação do Derby o livro 'História Ilustrada dos 100 anos do Cinema Pernambucano', escrito pelos jornalistas Ernesto Barros e Germana Pereira, que apresentam um panorama do setor audiovisual do estado tendo como marco histórico o ano do início da produção do longa-metragem Retribuição, considerado o primeiro filme de ficção feito em Pernambuco e que contará com sessão especial nesta ocasião de lançamento.
 
O livro perpassa do pioneirismo da produção pernambucana no início do século XX, com o início do Ciclo do Recife (1923-1931), passando pelo  Ciclo do Super 8 (entre 1970-1980), até a fase mais profícua do audiovisual conterrâneo a partir dos anos 2000. Essa fase mais recente é representada por duas gerações de realizadores como Paulo Caldas,  Marcelo Luna,  Lírio Ferreira, Cláudio Assis, Clara Angélica e Hilton Lacerda, seguida por Marcelo Gomes, Kleber Mendonça Filho, Sérgio e Renata Pinheiro e Marcelo Pedroso, entre outros. 

De acordo com a organizadora Germana, a obra “é uma celebração visual, fruto de décadas de dedicação e pesquisa no campo audiovisual em Pernambuco, resultado da convergência de nossas trajetórias, o que nos permitiu explorar a diversidade da produção cinematográfica pernambucana. Ernesto, responsável pelos textos, revela que a pesquisa foi feita como uma enciclopédia. “Durante esses anos todos, fui um interlocutor de vários desses cineastas. Hoje a gente tem um cinema que produz muito, que tem voz própria”, reflete. 

A partir de uma investigação empreendida sobretudo no Arquivo Público Estadual e nos arquivos da imprensa local e da Fundação Joaquim Nabuco, História Ilustrada dos 100 anos do Cinema Pernambucano, registra desde o primeiro filme de enredo, produzido pela Aurora-Film, passando pelo anúncio da inauguração do Cinema São Luiz no extinto jornal Folha da Manhã, em setembro de 1952, e o surgimento do Grupo de Cinema Super 8 do Recife, com Fernando Spencer e Celso Marconi, até o prêmio especial do júri para Bacurau (2019), de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, e o Prêmio Illy de Melhor Curta-Metragem na Quinzena dos Realizadores, ambos em Cannes, para Sem Coração (2023), de Nara Normande e Tião, atualmente em cartaz. 

“É um convite para uma imersão nos filmes e eventos significativos que moldaram nosso cenário cinematográfico e a uma reflexão sobre as transformações sociais, paisagísticas, políticas, econômicas e culturais ao longo desta jornada. Mais do que narrar uma história, o livro é uma homenagem aos realizadores, artistas, técnicos, produtores e entusiastas que contribuíram para cada cena capturada nas telas ao longo de um século. Cenas que influenciaram e continuam a influenciar a identidade cultural de Pernambuco a partir do cinema.”, reflete Germana. “Ao celebrarmos esses 100 anos de cinema em Pernambuco, também celebramos valores como paixão, talento, criatividade, luta e resistência, que permeiam cada página deste livro. Que esta leitura inspire novos projetos e contribua para manter viva a chama da cinefilia por muitas gerações em todo o país", completa.

O prefácio foi escrito pela pesquisadora e professora Amanda Mansur e abre as portas para a imersão na história ilustrada dos cem anos do cinema em Pernambuco. A edição e design ficaram a cargo de Tatiana Portela e a revisão ortográfica foi feita por Antônio Portela. A capa, concebida por Carla Sarmento, é uma entrada visual para o mundo cinematográfico pernambucano. A versão e-book, que será  lançada em breve, conta com audiodescrição da COM Acessibilidade Comunicacional.
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