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Artes cênicas

30 vezes janeiro

Multiplicidade e diversidade artística marcam edição histórica do Janeiro de Grandes Espetáculos e o produtor do evento, Paulo de Castro, avalia desempenho do evento ao Viver

Publicado em: 01/02/2024 06:00

As Aventuras de Simba, adaptação do musical da Boradway, foi uma das montagens infantis de destaque (Divulgação)
As Aventuras de Simba, adaptação do musical da Boradway, foi uma das montagens infantis de destaque (Divulgação)

Chegando a uma trajetória de 30 anos que se manteve sem pausas mesmo com os desafios enfrentados nas últimas edições, o Janeiro de Grandes Espetáculos: Festival Internacional de Teatro, Dança, Circo e Música de Pernambuco priorizou o poder da arte produzida no estado e conseguiu consolidar um público fidelizado há décadas e a cada ano mais consistente. Trazendo também grandes artistas do eixo Rio-São Paulo, do Rio Grande do Sul e, claro, de outros estados do Nordeste, como Paraíba e Bahia, o festival, que começou no dia 9 e chegou ao fim nesta semana, emplacou 90 espetáculos e mais de 100 sessões (locais, nacionais e internacionais), diversificadas entre adultas, infantis, trabalhos circenses e leituras dramatizadas.

Montagens pernambucanas adultas como O Peru do Cão Coxo, Tudo sobre o Amor, A Última Volta do Ponteiro e Aldeias – Experimentos do Corpo Ancestral, além de espetáculos convidados de fora como o baiano João Guisande e seu solo Retratos imorais; o inédito gaúcho Novos Velhos Tempos, do Coletivo 50+, e Fabiana Karla com sua comédia musical ‘Nessa mesa de bar’ foram alguns dos destaques da primeira leva de projetos que mobilizaram a plateia do Recife. Peças infantis, como As Aventuras de Simba, do L. A. Espaço Artístico e Cultural, O Pequeno Príncipe, Cênicas Cia de Repertório, e Os Títeres de Porrete: Tragicomédia de Dom Cristóvão e Sinhá Rosinha, do Grupo Tiritando).

O humor e a interatividade das recifenses Dois em Cena e Cia. Devir marcaram presença com, respectivamente, os espetáculos Enquanto Godot Não Vem e Experimento VI: Isso (Não) é um Número de Circo?, enquanto o público LGBTQIA foi representado por montagens como Eternamente Bibi, da paraibana Cara Dupla Coletivo Teatro, O Boteco da Dona, da Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco, e Ópera, do Coletivo Angu de Teatro.

Ao Viver, o produtor do Janeiro de Grandes Espetáculos e presidente da Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe), Paulo de Castro, fez um balanço da 30ª edição destacando que foi uma das mais marcantes e movimentadas de sua história. “Para nós, é impressionante como conseguimos manter a atenção do público mesmo numa época em que o foco inteiro da cidade está voltado para o carnaval. Ultrapassamos a marca dos 24 mil espectadores dias antes do festival acabar, então certamente conseguiremos atingir a meta inicial ao final (entre 27 e 30)”, enalteceu.

“Está sendo muito importante essa diversificação da programação, que trouxe esse ano um destaque especial para as leituras dramáticas e para o circo. O trabalho de palhaços está crescendo muito e contamos com a grande participação de palhaças mulheres também. Estamos no caminho certo para que possamos, num futuro próximo, aumentar ainda mais a quantidade de espetáculos, que já é bastante expressiva, e praticamente todos plenamente realizados”, reafirmou o produtor. “Tem sido essencial nesta edição as oficinas, para que a classe artística tenha cada vez mais consciência do seu lugar e sua importância nessa cadeia produtiva. A transformação mais significativa ao longo desses 28 anos à frente da produção do festival tem sido justamente essa união crescente da classe e a forma como as diferentes expressões artísticas, da música, dança ao teatro, estão a cada ano mais próximas. E isso é muito bonito de se ver”.

Paulo falou ainda sobre o cenário para o ano de 2024 que o Janeiro anuncia e as suas perspectivas foram otimistas. “O mês de janeiro equivale aos outros 11 meses do ano de teatro, dança e música, então a população já sabe que se trata de um projeto gigantesco. E o clima que estamos vendo no Brasil, desde o ano passado, é outro completamente diferente. Sentimos uma abertura maior para investimento em cultura e para a necessidade de acolher as pessoas nesse processo de democratização”, completou.

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