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Público se concentrou mais na frente do palco e o vento frio corria pelo resto da praça (Francisco Silva/DP) |
A noite de sábado, segunda do Festival de Inverno de Garanhuns deste ano, preocupou o olhar dos amantes do FIG, que chega à 31° edição. É que um vazio tomou conta do espaço da Praça Mestre Dominguinhos a partir da área técnica de controle de luz e som do palco. Isso aconteceu durante as cinco atrações do sábado.
O público se concentrou mais na frente do palco e o vento frio corria pelo resto da praça. “Eu coloquei mais expectativa, achei que teria mais pessoas. Mas havia pouca gente. A praça estava vazia”, disse a fisioterapeuta Camila Ferreira, que veio de Palmares para curtir o FIG pela primeira vez. Mas ela conseguiu ver o lado bom da coisa. “Fica melhor pra curtir, no vazio você consegue andar melhor”, comentou Camila.
A recepcionista Milena Monteiro é de Garanhuns e disse que estava na praça marcando presença porque o FIG é algo extremamente relevante para a cidade. Ela falou também que o vazio poderia ser entendido como “uma crítica construtiva para o ano que vem”.
No palco cinco atrações: a banda os Valvulados fez um tributo a Rita Lee, que esteve no festival em 2009; em seguida, teve o caruaruense Erisson Porto, Lula Queiroga, a banda paulista Teatro Mágico e, fechando a noite, os fundadores do Kid Abelha, George Israel e Leoni, que levaram o público que ainda restava de volta aos anos 80 e 90.
A estudante Nathália Barros, também de Garanhuns, disse que não estava reconhecendo a praça. “Não é desse jeito não, acho que ficou assim porque a programação deixou a desejar”. Pra ela, o sábado foi uma noite marcada muito mais pela expectativa dos shows que estavam por vir no domingo. “Eu acho que vai lotar porque é forró e as pessoas gostam”.
Para hoje (23) tem a coleguinha Simone Mendes, anunciada como atração surpresa do Festival. A grade sofreu alteração ontem à noite e a ordem de apresentação ficou assim:
20h - Cantoria Crua
21h30 - Liv Moraes
23h - Simone Mendes
0h50 - Geraldo Azevedo
Respondeu às críticas - Na noite de abertura, a governadora Raquel Lyra conversou com a imprensa e reiterou que o governo de Pernambuco é “o grande promotor do evento”.
“Nós fizemos uma grade de programação linda, valorizando a cultura pernambucana. Trouxemos muito para perto aqueles que vivem em Garanhuns e no Agreste Meridional. Da mesma forma que a gente inicia um redesenho da Fenearte lá no Recife, extrapolando os muros do Centro de Convenções, a gente inicia aqui uma história no Festival de Inverno. Ele não é meu, é do povo de Pernambuco. O que a gente quer é trabalhá-lo como a gente fez com outros arranjos, como eu citei: agora recentemente o São João de Caruaru, que é um grande plano de investimentos, outras marcas podem se agregar e vão poder estar aqui”.
“A gente vai fazer um lindo Festival de Inverno, quem sabe o melhor da nossa história e abrir as portas para um novo tempo também para que, a partir do ano que vem, a gente faça do nosso jeito, já que ainda pegamos muitas licitações e orçamento do governo anterior. A gente vai trabalhar isso a partir já do primeiro dia após o Festival de Inverno para que a gente possa aperfeiçoar sempre e fazer cada vez uma festa mais linda, que possa trazer renda para o povo dessa região”.