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LITERATURA

Academia Pernambucana de Letras dá boas-vindas aos novos imortais

Publicado em: 18/07/2023 08:53

 (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação
A Academia Pernambucana de Letras (APL) vai empossar hoje dois novos membros, às 19h, em sua sede, no bairro das Graças. Os assentos de número 1 e 15 serão ocupados, respectivamente, pelos recém-eleitos Fábio Lucas de Barros e Silva e José Angelo Castelo Branco. O primeiro, passa a ocupar a cadeira que pertencia ao escritor e advogado Olimpio Bonald Neto. Já o segundo será sucessor do médico e romancista Waldênio Porto. A reportagem do Viver entrevistou ambos sobre o que representa ingressar na APL e suas perspectivas do cargo.

Nascido no Recife, em 18 de julho de 1970, Fábio Lucas tem a missão de substituir Bonald Neto - falecido em janeiro último - na cadeira de número 1, cujo patrono é o poeta luso-brasileiro Bento Teixeira. Ele foi eleito com 28 votos. “Uma grata responsabilidade. Da inspiração do patrono que participou da fundação de uma das mais importantes Academias de Letras do país, à múltipla dimensão intelectual do acadêmico que tenho a honra de suceder, ocupar a cadeira número 1 da APL é um privilégio, que espero traduzir em dedicação pela literatura pernambucana”, reiterou.

O novo acadêmico exerce atualmente a presidência do Conselho Editorial da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e é responsável pela edição da coluna de Literatura do Jornal do Commercio, além de ser o idealizador, desde 2019, do projeto Livronews, que visa promover produções literárias no ambiente digital. Fábio Lucas expressa o desejo de seguir a mesma direção na APL. “Espero contribuir para a valorização da literatura pernambucana,trabalhando pela difusão de nossos autores e ajudando a fortalecer cada vez mais o papel da Academia para a formação de leitores”, disse o jornalista, que também possui Mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e três livros publicados.

Por sua vez, José Angelo Castelo Branco foi contemplado com 30 votos para ocupar a cadeira de número 15, que estava desocupada desde o falecimento de Waldênio Porto em 2020. Recifense, nascido em 1945, o escritor tem graduação em Direito e Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco. Castelo Branco já atuou como professor universitário, repórter, editor, colunista, comentarista e articulista para jornais de Pernambuco e do Sudeste. Também prestou serviço como secretário de Imprensa do governo do Estado e de assessor de comunicação do Ministério da Educação, em Brasília.

Grato aos conselhos recebidos no início da carreira, ele irá dedicar parte do seu pronunciamento para homenagear aqueles que o possibilitaram chegar onde está. “Pertenço a uma geração que contou com a orientação de grandes mestres do jornalismo. No meu pequeno discurso de posse citarei alguns deles. Responsáveis que foram por fazer do jornalismo pernambucano um grande exportador de valores, que ocuparam e ocupam posições profissionais de destaque no cenário nacional, e até mesmo em outros países”, ressalta. Atualmente, Castelo Branco dedica-se à produção de biografias e tem três títulos prestes a serem publicados.

O jornalista vê com bons olhos as ações da APL para atrair a nova geração. “Em particular, percebemos que a instituição pernambucana tem aberto as portas para incentivar o interesse, inclusive da juventude, pela riqueza cultural do estado. A casa de Carneiro Vilela é um verdadeiro museu do século XIX e seus espaços são propícios à realização de eventos culturais, de debates, de exposições, conferências, lançamento de livros, concertos musicais e até de seminários temáticos”, aponta.

Os recém-eleitos serão recebidos com uma saudação. O presidente da APL, Lourival Holanda, fará a saudação para a entrada de Fábio Lucas. Enquanto isso, José Paulo Cavalcanti, ocupante da cadeira de número 39, repete o gesto na chegada de Castelo Branco.
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