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EXPOSIÇÃO

Exposição 'A Arte do Reciclado' estimula a reciclagem na Semana do Meio Ambiente

Publicado em: 02/06/2023 14:28

 (Crédito: Heudes Regis/Esp. RioMar Recife)
Crédito: Heudes Regis/Esp. RioMar Recife
Uma série de ações culturais que visam a conscientização da Semana do Meio Ambiente vão ter início a partir da próxima segunda-feira (5), no Dia Mundial do Meio Ambiente. O RioMar Recife apresenta uma programação com a exposição “A Arte do Reciclado”, que segue em cartaz até o dia 10. Além disso, será realizada a segunda edição da Semana Recicla +, realizada no Instituto JCPM, com várias atividades.

Exposição “A Arte do Reciclado”
A reciclagem tem se mostrado fundamental na redução do consumo de recursos naturais e no reaproveitamento de materiais com as mais diversas finalidades. A exposição “A Arte do Reciclado”, que tem curadoria da Cactos Produções, retrata o que existe de mais importante na utilização de materiais e peças descartadas, carregando uma mensagem de sustentabilidade e consciência ambiental, além da estética. 
 
A mostra vai expor as obras dos artistas Thiana Santos, Beth Cyrne, Alexandre Almeida, Jota Azevedo, Valmir Reginaldo da Silva e Elizângela das Palafitas, que expressam a importância da reutilização de materiais e mostram que a criatividade pode transformar o que muitos consideram lixo em algo valioso. Garrafas pet, papelão, latinhas, peças de ferro, entre outros materiais recicláveis são o ponto de partida para a criação dos artistas. 
 
 (Crédito: Heudes Regis/Esp. RioMar Recife)
Crédito: Heudes Regis/Esp. RioMar Recife
 
Além da beleza, as obras incitam o público a diversas reflexões sobre o consumo excessivo e os impactos ambientais causados pela produção em massa, buscando promover a conscientização ambiental, estimular um olhar criativo e contribuir para uma visão de mundo mais sustentável.  
 
Semana Recicla

A Semana Recicla chega à sua segunda edição dentro das ações que marcam a Semana do Meio Ambiente, em parceria com o Instituto JCPM. O objetivo é criar uma gincana para arrecadar materiais recicláveis junto aos jovens, funcionários do IJCPM e comunidade do entorno. Além da questão lúdica, a atividade fomenta ainda a conscientização da importância do descarte correto dos resíduos e de como essa atitude no cotidiano pode contribuir para o meio ambiente. 
 
 (Crédito: Heudes Regis/Esp. RioMar Recife)
Crédito: Heudes Regis/Esp. RioMar Recife

Na primeira edição, realizada em maio dentro das ações que marcaram o Dia Mundial da Reciclagem, foram arrecadados mais de 6 mil itens recicláveis, dos quais 90 kg de resíduo eletrônico. 
 
Jussara de Paula, coordenadora Sustentabilidade do RioMar Recife, ressalta a importância da realização das ações. “Além de movimentar o ecossistema social para a atividade, as ações do Recicla visam trazer para as pessoas envolvidas direta e indiretamente a viabilidade das práticas de sustentabilidade, sobretudo em seus espaços de convivência, trazendo para si a corresponsabilidade dos impactos em suas escolhas. Reciclar é um dos primeiros sinais de escuta atenta ao Meio Ambiente”, afirma. 

Sobre os artistas na exposição “A Arte do Reciclado”

Thiana Santos
Formada pela Faculdade de Belas Artes, a pernambucana Thiana  Santos realizou as primeiras experiências com as garrafas plásticas (PET), surgidas a partir da necessidade de buscar novos materiais e da observação de grande quantidade deste material descartado nos espaços urbanos. Possui um papel importante no processo de conscientização do consumidor, desenvolvendo produtos de qualidade, aliado ao compromisso com as questões ambientais.
Obra em exposição: Biombo PetPiso (,190 m x 2,40 m), produzido com peças de assoalho de demolição, em madeira Ipê, e a reutilização de aproximadamente 900 garrafas plásticas. 

Alexandre Almeida
Conhecido como “O criador do inexistente”, Alexandre Almeida transforma em arte entulhos e itens considerados até então inutilizáveis, cuja junção de peças constrói novas utilidades ao que já se encontrava  descartado. 
Obras em exposição: Coraço (1,90 m x 70 cm), Cavalo Marinho (1,80 m x 60 cm) e Da Série Velocidade Contida (80 cm x 50 cm). Todas são peças confeccionadas com sucata de ferro, alumínio, madeira e aço inox. 

Beth Cyrne
Com várias premiações com sua arte reciclada, Beth Cyrne nasce para  a arte em 2019. No seu olhar, o papelão é sua extensão, uma percepção do mundo que a cerca, rompe com o convencional, escolhe dignificar e dar uma posição de apreço, valor e estima. Sua matéria não se encontra no lixo, pelo contrário ela é o esforço de impedir através da ressignificação, que a matéria tenha este fim. Para a artista, as artes são uma provocação de como um olhar mais amplo e  convidativo pode refrear um sistema tão mecânico.
Obras em exposição: Veja-nos (63 cm x 40 cm), Veja-nos (83 cm x 45 cm) e Casarios (87 cm x 83 cm). Todas as peças são produzidas com papelão, cola e tinta acrílica. 

Jota Azevedo
Artista plástico, escultor e ilustrador do Recife, Jota Azevedo   cria arte diferenciada a partir de materiais reciclados. Seu objetivo não é só desenvolver a arte usando objetos simples e transformando-os em  esculturas incríveis, mas também compartilhar com todos a ideia de que, com educação ambiental, tudo pode ter novos significados, quando há  atitude, criatividade e um pouco de paciência. O resultado são projetos  incríveis desenvolvidos com materiais reciclados e resíduos tecnológicos.
Obras em exposição: Wall-e Warlike (27 cm x 15 cm), Jumentinha ( 12 cm x 15 cm) e Azulão (2 m x 50 cm). As peças são criadas com cartucho de impressora, máquina de corte de cabelo, canetas, resíduos eletrônicos, monitores de TV e PC, telefones, caixas de som, headphones, tones de impressora, disquete, deitor de código de barras e periféricos de impressoras.

Valmir Reginaldo da Silva
O artesão Valmir Reginaldo da Silva tem criado, há dois anos, no Agreste pernambucano, peças que representam os animais e objetos. Em tamanho  real, chamam atenção de quem passa às margens da BR-104, na cidade de Agrestina, Pernambuco, espaço de criação do artista. Materiais metálicos que antes eram jogados fora, como correntes, molas e engrenagens, são transformados em gorilas, elefantes, cavalos, águias,   tanques de guerra e até mesmo dinossauros.
Obra em exposição: Gorila (1,80 m x 1,70 m). Confeccionado de sucatas automotivas de carros e motocicletas. Pesa aproximadamente 400 Kg. 

Elizângela das Palafitas
Autodidata, Elizângela das Palafitas começou a produzir sua arte em 2003. Residente em Moreno, em suas idas ao Recife, estabeleceu uma relação de afeto com as estruturas marcantes da cidade. A partir daí, iniciou a  confecção de maquetes em miniatura de réplicas desse tipo de moradia. Detalhista, a  artista traz o recorte de realidade vivida neste locais, incluindo     em seu processo criativo até móveis e iluminação nas peças. Ela utiliza madeira, papelão e isopor para confeccionar suas obras.
Obra em exposição: Palafita (42 cm x 45 cm). Obra produzida em madeira, papelão e isopor.
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