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LUTO

Pernambuco perde ilustrador e cartunista RAL, que morreu na noite do último domingo

Publicado em: 29/05/2023 11:22 | Atualizado em: 29/05/2023 16:20

 (RAL sofria de Esclerose Lateral Amiotrófica, doença degenerativa sem cura.)
RAL sofria de Esclerose Lateral Amiotrófica, doença degenerativa sem cura.
Pernambuco perdeu na noite desse último domingo o cartunista e ilustrador Romildo Araújo Lima (RAL), que morreu em decorrência de Esclerose Lateral Amiotrófica, uma doença degenerativa e para a qual não existe cura. A fala e a movimentação de RAL já vinha sendo afetada pela doença e ele não estava mais podendo trabalhar. O velório acontece a partir das 11h, na Funerária Batista, em Santo Amaro, e a oração será às 13h.

RAL era de Arcoverde (PE) de nascimento e morava no Recife desde 1966. Ele estudou jornalismo e ilustração na Unicap, no Recife, e na Escola Panamericana de Artes, em São Paulo, e trabalhou nos principais veículos de comunicação nas áreas da ilustração e diagramação, como o Diário de Pernambuco, a Folha de Pernambuco, o Jornal do Comércio e O Pasquim. Chegou a ser responsável pelo setor de arte da Prefeitura de Olinda ao longo de 25 anos e do Sindicato de Previdenciários de Pernambuco por 18. 

O Sindicato de Jornalistas de Pernambuco emitiu uma nota lamentando o falecimento.
"RAL lutou como um guerreiro. Graças à solidariedade de muita gente, que lhe ajudou através de uma loja virtual criada em 2022 para vender camisetas e canecas com artes feitas por ele, ele conseguiu arrecadar recursos para seu tratamento. Infelizmente, a doença venceu o talento, a competência e a força de vontade viver do grande RAL. Siga em paz e na luz! Neste momento de dor e consternação, manifestamos nossas profundas condolências aos seus familiares, amigos e colegas de profissão, desejando-lhes força para superar essa irreparável perda."

"RAL fez parte dessa história da resistência democrática, da criatividade em Pernambuco. Era uma grande figura humana. Um cara manso, calmo, solidário, generoso e criativo", exaltou o escritor Marcelo Mário de Melo.

"Ele tinha seu engajamento, sua capacidade de olhar pro mundo, de observá-lo, criticá-lo, processá-lo e mostrá-lo através de seu traço e suas ilustrações, mas nunca perdia a leveza e o bom humor", relembrou o secretário de cultura Ricardo Melo.

"A gente podia contar com o humor de Ral sempre, mas na hora de cobrar ele sempre cobrava, sabia levar muito à sério o trabalho, era muito exigente com o resultado, mas sempre ensinando com muita paciência", descreveu o cartunista Samuca.
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