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CINEMA

Itaú Cultural Play exibe filmes históricos protagonizados por Dercy Gonçalves

Publicado em: 11/05/2023 16:28

 ('Minervina vem aí' (1959), de Eurides Ramos.)
'Minervina vem aí' (1959), de Eurides Ramos.
Nesta sexta-feira (12), a Itaú Cultural Play amplia o seu catálogo com a mostra Dercy Gonçalves – vedete transviada, celebrando o pioneirismo da atriz no cinema brasileiro e seu legado deixado para diferentes gerações de comediantes. Encarnando diferentes personagens pensados exclusivamente para seu talento sarcástico e original para fazer humor, os filmes são as comédias A baronesa transviada (1957) e A grande vedete (1958), dirigidas por Watson Macedo; Cala a boca, Etelvina (1958) e Minervina vem aí (1959), do diretor Eurides Ramos, e Uma certa Lucrécia (1957) e Dona Violante Miranda (1960), de Fernando de Barros.

Com mais de 500 títulos disponíveis de todas as regiões do Brasil e gratuita, a plataforma voltada com exclusividade para o audiovisual brasileiro, pode ser acessada pelo site www.itauculturalplay.com.br ou pelo App nos dispositivos móveis Android e IOS.   

Com direção de Watson Macedo e roteiro de Chico Anysio, A baronesa transviada – único desta seleção já disponível no catálogo –  confirmou a atriz como um dos grandes nomes do humor no cinema, em 1957. O filme também contou com as atuações do Grande Otelo e de Humberto Catalano. Na obra, Dercy está na pele de Gonçalina, uma pobre manicure que descobre pelos jornais que pode ser a filha desaparecida de uma baronesa milionária. A mãe morre poucos depois de reconhecê-la. Tornando-se sua única herdeira, ela investe parte da fortuna na realização de seu maior sonho: produzir um filme. Naturalmente, a situação não agrada os demais integrantes da família, que planejam um golpe na nova milionária. 

No mesmo ano, a atriz protagonizou Uma certa Lucrécia. Comédia musical de Fernando de Barros, o filme faz uma sátira sobre a vida da personagem renascentista Lucrécia Borgia. Com participações de Odete Lara e Aurélio Teixeira, a produção foi premiada pela Associação Brasileira de Cronistas Cinematográficos. No roteiro, Lucrécia é uma costureira de fantasias de carnaval, que adora histórias que misturam romance e aventura. Se divertindo com uma fantasia que remete ao carnaval de Veneza, ela sonha que é a personagem da Renascença, filha ilegítima de Rodrigo Bórgia, em disputa pelo trono da cidade italiana com seu pai, irmão e marido. 

No longa-metragem Cala a boca, Etelvina dirigido por Eurides Ramos e Hélio Barroso em 1958, Dercy arranca risos dos espectadores no papel que dá nome ao filme. Ela trabalha como empregada doméstica na casa de uma família à beira da falência. Enquanto a personagem contorna o assédio dos credores aos patrões, eles aguardam a morte de um tio criador de jacarés, de quem esperam receber uma herança. Um dia a dona da casa vai embora, se sentindo humilhada. A empregada acaba vestindo a roupa da patroa e é confundida como esposa do caloteiro. Arma-se uma grande confusão, que piora quando o velho decide visitar a família de surpresa. Com destaque para as os números musicais de Emilinha Borba, Nelson Gonçalves e os Golden Boys, o filme conta com as participações dos atores Paulo Goulart, Manoel Vieira e Zezé Macedo. 

Outra atuação impecável de Dercy pode ser vista em A grande vedete, longa-metragem dirigido por Watson Macedo, também em 1958. Com ela, o elenco é formado por  Francisco Moreno, Humberto Catalano, John Herbert, Marina Marcel e Zezé Macedo. A atriz encarna Janete, uma grande vedete que não percebe a sua limitação em representar certos papéis. Ao assumir com grande dignidade a nova situação, no entanto, ela descobre, com surpresa, que o público a ama. 

Filme dirigido por Eurides Ramos, Minervina vem aí tem Dercy Gonçalves na pele de Minervina, uma empregada espevitada na casa de uma família tradicional empobrecida. Com ela, também estão no elenco as atrizes Zezé Macedo e Norma Blum.  

A história acompanha essa jovem recém-chegada do interior de Minas Gerais ao Rio de Janeiro para servir a uma família de nobres em decadência. Após despertar a paixão de um homem rico agiota, credor de seus patrões, que desprezou muitas moças de “família e de bem” para ficar com ela, os dois decidem se casar. Enquanto isso, a família dela chega ao Rio, à espera da herança de um parente distante.  

O roteiro de Dona Violante Miranda foi adaptado pelo diretor Fernando de Barros da peça homônima de Abílio Pereira de Almeida lançada no mesmo ano da realização do filme, 1960. Nele, Dercy encarna Dona Violante, cafetina e dona de um bordel em São Paulo nos anos 1930. A prostituta Rosita, que ali trabalha, representada pela atriz Célia Coutinho, engravida e morre na hora do parto. Sensibilizada com a partida prematura da moça que deixa uma filha, a cafetina resolve cuidar da menina recém-nascida como se fosse sua neta. 

Educada longe do ambiente de trabalho de sua mãe, quando a pequena órfã cresce e se torna uma dama da sociedade apaixonada pelo neto de um coronel, na interpretação do ator Mauro Mendonça. A sua origem, no entanto, pode prejudicar o matrimônio quando os segredos do seu passado são revelados. 
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