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EXPOSILÇAO

Artista pernambucano dialoga com finlandês em exposição em Paris

Publicado em: 16/05/2023 11:06 | Atualizado em: 17/05/2023 19:42

 (Crédito: Divulgação)
Crédito: Divulgação
As esculturas do artista contemporâneo pernambucano Jaildo Marinho dialogam com a arquitetura e o mobiliário do arquiteto finlandês Alvar Aalto. Esta é a proposta da exposição “Curvas”,  em exibição desde o último sábado na Maison Luirés Carré – localizada em Bazoches-sur-Guyonne, nos arredores de Paris.

Aalto é um dos mais famosos arquitetos do mundo. Durante a VI Bienal de São Paulo, ele foi homenageado com uma sala especial.  Justamente a Bienal que destacou a invenção de Brasília e concedeu as medalhas de ouro a Lucio Costa pelo seu plano piloto e a Oscar Niemeyer pela sua arquitetura.

Jaildo Marinho ao escolher o tema das curvas para dialogar com Aalto, realiza, na verdade, mais do que um diálogo, porque evoca também Niemeyer. Seu trabalho se notabiliza, no aspecto formal, principalmente, pelas características curvilíneas. Mestre da pintura e da escultura geométrica, Marinho entende que há uma sintonia natural do seu trabalho com o do finlandês.

“Sempre fui um admirador da arquitetura de Alvar Aalto, e igualmente o mobiliário e das lâmpadas. Por isto, além de surpreso, fiquei muito feliz quando fui convidado para dialogar com ele”.

Ele explica também como encontrou as correlações da sua escultura com a arquitetura e os móveis do escandinavo. “O processo de elaboração, esse diálogo foi mais voltado para a curva porque representa bem o trabalho dele. E como ele é também um apaixonado no Brasil pelo trabalho do Oscar Niemeyer, mais uma razão para que eu me decidisse pela curva. Além do mais, dentro de toda curva há uma linha reta”.

Na casa Louis Carré, todos os quartos estão ocupados com as obras de Marinho. Desde o quarto de hóspede, frequentado por Marcel Duchamp, até a sala que abrigou em outros tempos as pinturas de Fernand Léger ou as esculturas de Alexandre Calder. As peças também tomam conta do jardim.

As vinte esculturas e duas pinturas expostas ali por Marinho são consideradas pelo curador, Mario Choueiry muito refinadas, na sua interação com o espaço arquitetônico e os móveis. "Sobretudo, dialogam com o delicado humanismo reivindicado por Alvar Aalto".

A Maison onde acontece a mostra é projeto/construção de Aalto. O finlandês e o pernambucano, separados na cronologia por sete décadas, se unem no arrojo e na modernidade. Ambos fiéis às suas regiões, por mais internacionais que tenham se tornado.

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