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MÚSICA

Guaiamum Treloso ganhou o sudeste do Brasil

Publicado em: 24/04/2023 18:49 | Atualizado em: 24/04/2023 18:56

Tradicional bloco pernambucano fez festa em comemoração aos 30 anos do Movimento Manguebeat em São Paulo (Leandro Godoi - Audio SP / divulgação)
Tradicional bloco pernambucano fez festa em comemoração aos 30 anos do Movimento Manguebeat em São Paulo (Leandro Godoi - Audio SP / divulgação)
Espalhar a bandeira de Pernambuco pelo Brasil afora: essa foi a proposta da primeira edição do Guaiamum Treloso - Edição SP, que aconteceu neste último sábado (22) na Audio SP, casa de shows que fica no bairro da Barra Funda, zona oeste da capital paulista. O tradicional bloco pernambucano que foi fundado há 28 anos em Casa Amarela, reuniu bandas e artistas genuinamente pernambucanos para celebrar os 30 anos do início do Movimento Manguebeat com um line up de peso: foram apresentações de Cordel do Fogo Encantado, Nação Zumbi, Lia de Itamaracá, Tagore e DJ Odara Kadiggi.


Em cada dia mais ascensão na cena musical pernambucana, o cantor Tagore abriu a noite, com casa lotada, e um público ansioso. Na plateia, uma mistura de vários lugares do Brasil - vários sotaques e culturas reunidos para celebrar uma única paixão: o legado deixado por Chico Science num dos maiores movimentos de contracultura brasileiro. Após a psicodélica apresentação de Tagore, veio o grupo  Cordel do Fogo Encantado, natural de Arcoverde, no sertão de Pernambuco, enaltecendo suas raízes, com muita poesia e o som marcante do pandeiro e da alfaia.

Nação Zumbi chegou ao palco sob os gritos ansiosos da plateia. A banda apresentou o show Manguefonia, que é uma grande celebração ao movimento manguebeat e uma junção dos maiores hits do gênero que marcaram as últimas três décadas. No palco, Jorge Du Peixe dividiu o vocal das canções escolhidas para o setlist com Cannibal, Fábio Trummer, Fred 04, onde passearam por músicas como Desequilíbrio, Livre Iniciativa, Punk Rock, Foi de Amor, Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada, Um Sonho, Quando a Maré Encher e Da Lama Ao Caos.

O grande presente da noite foi a participação da cantora Lia de Itamaracá, convidada da banda. A pernambucana de 79 anos, rainha da ciranda, patrimônio vivo e cultural, entrou cantando Meu São Jorge seguida de Eu Sou Lia, à capela. Durante a sua participação contagiante e emocionante, as pessoas dançavam ciranda em seus grupos e ovacionavam a artista.

Esta foi a primeira vez do bloco Guaiamum Treloso em São Paulo. Atualmente, a troça virou o festival Guaiamum Treloso Rural, uma grande celebração da cena musical e cultural pernambucana realizada em Aldeia, PE, que hoje em dia é considerado uma espécie de Woodstock Nordestino e já se prepara para realizar a 5ª edição.  Pelo Guaiamum Treloso Rural já passaram grandes nomes como Elza Soares, Tom Zé e Baiana System. “Estou muito surpreso com a receptividade do evento em São Paulo, foi algo que a gente nem esperava. A grande intenção do Guaiamum Treloso é fomentar a nossa cultura, e quem sabe, após a capital paulista, não levamos o bloco para outros estados do Brasil?”, comenta Felipe Cabral, fundador e ex-dono do bar que levava o nome da troça.
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