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Foto: MARINA CURCIO / ARQUIVO / DP FOTO |
O jornalista e escritor Mário Hélio Gomes está no páreo para assumir uma cadeira na Academia Pernambucana de Letras (APL). Ele se candidata na expectativa de suceder o ator e diretor de teatro Reinaldo de Oliveira, falecido em 2022, que ocupava o assento de número 24. Aos 57 anos, passou mais da metade da vida atuando no setor cultural e, na APL, almeja evocar essas experiências à sua participação ativa nas discussões e ações da instituição.
Em entrevista ao Viver, Mário falou sobre o sentimento de substituir Reinaldo de Oliveira na APL, caso venha a ser eleito. “Será uma honra ser o sucessor nela do saudoso escritor e amigo Reinaldo de Oliveira, glória do teatro brasileiro, e com um sentido de humor dos mais elevados que conheci.”
De origem paraibana, Mário teve passagem no Diario de Pernambuco como repórter e colunista de literatura. Além do mais, foi curador literário da Fliporto e coordenador-geral da editora Massangana, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).
Mais recentemente, na mesma instituição, atuou como diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca). Na parte acadêmica, é Mestre em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e doutor em Antropologia pela Universidade de Salamanca, da Espanha. Ele acumula trabalhos sobre Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Gilberto Freyre, Cícero Dias e outros escritores e artistas do modernismo.
Sobre o trabalho desenvolvido na Dimeca, o escritor aponta uma série de feitos no campo cultural do estado. “Na experiência de há pouco à frente da Diretoria da Fundação, entre as muitas coisas realizadas, a memória cita estas: a edição dos livros (os que consegui publicar e os que deixei lá em andamento); a prioridade dada aos acervos históricos; o firme apoio à área de artes visuais; a dinamização do Cinema; o fortalecimento do Museu, da Biblioteca e da Sala de Leitura; além da difusão do conhecimento por meio da digitalização”. Porém, ele completa com o que considera mais importante no currículo: “Uma vida inteira dedicada às letras, à literatura, ou, de modo mais profundo, ao logos, o melhor e mais prazeroso sentido da vida”, pontua.