APÓS 14 DIAS
Diretor diz que Prevent Senior alterava código de classificação da Covid
Publicado em: 22/09/2021 15:00
foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado |
Pedro Batista Júnior, diretor da Prevent Senior, acusada de ocultar mortes de pacientes que participaram de estudo realizado para testar a eficácia da hidroxicloroquina contra Covid-19, afirmou durante Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que os hospitais da rede alteravam o código de classificação do vírus.
De acordo com o diretor, após os pacientes ficarem 14 dias internados com o vírus, o diagnostico era alterado.
“A mensagem é clara: todos os pacientes com suspeita ou confirmados de covid, na necessidade de isolamento, quando entravam no hospital, precisavam receber o B34.2, que é o código de Covid, e, após 14 dias – ou 21 dias, para quem estava em UTI –, se esses pacientes já tinham passado dessa data, o código poderia já ser modificado, porque eles não representavam mais risco para a população do hospital”, disse o diretor.
A pesquisa da Prevent Senior foi apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e divulgada como solução contra a pandemia.
A informação foi publicada em primeira mão pela TV Globo, que afirmou que a CPI da Covid recebeu um dossiê com uma série de denúncias de irregularidades, elaborado por médicos e ex-médicos da Prevent.
No documento, é citado que a disseminação da cloroquina e outras medicações foi resultado de um acordo entre o governo Bolsonaro e a Prevent. Segundo o dossiê, o estudo foi um desdobramento do acordo.