ELEIÇÕES

Trump é vaiado ao prestar homenagem à juíza Ginsburg na Suprema Corte

Por: AFP

Publicado em: 24/09/2020 17:38

 (Foto: AFP)
Foto: AFP
Um grupo de manifestantes vaiou o presidente Donald Trump nesta quinta-feira durante sua ida à Suprema Corte para homenagear a falecida juíza progressista Ruth Bader Ginsburg. Ele foi recebido com gritos pedindo que o desejo da magistrada de não ser substituída até as eleições de novembro seja "honrado".

Antes de Trump sair de seu veículo, a multidão o recebeu com vaias e gritando "votem para tirá-lo", em referência às eleições de 3 de novembro; e "honre seu desejo", sobre o pedido de Ginsburg, que faleceu na última sexta-feira, aos 87 anos de idade. 

Trump chegou à corte por volta das 10h00 (horário local, 11h00 em Brasília) acompanhado pela primeira-dama Melania, ambos usando máscaras pretas. 

Ele fez um minuto de silêncio e saiu rapidamente. Alguns minutos depois, estava de volta à Casa Branca. 

Esse deslocamento é incomum para o presidente, que nunca participa de homenagens a personalidades que não sejam de seu campo político. 

O presidente anunciou que nomeará seu candidato para preencher a vaga deixada por Ginsburg no tribunal superior antes das eleições, desencadeando a indignação da oposição democrata. 

"Acho que tudo vai correr muito bem, que vai muito rápido", disse Trump à Fox Radio na quinta-feira. "Temos cinco mulheres na lista e gosto de todas", acrescentou o presidente, que já anunciou que entre as finalistas está Bárbara Lagoa, juíza conservadora de Miami e de origem cubana. 

Trump planeja anunciar a indicação no sábado às 17h00 (horário local, 18h00 de Brasília) da Casa Branca. 

Número impar 
Até a morte de Ginsburg, os conservadores tinham uma maioria de cinco a quatro no tribunal que decide sobre questões da vida americana, como o direito de portar armas, o direito ao aborto, questões de imigração ou questões como acesso à saúde. 

Se Trump preencher a vaga para esta cadeira vitalícia, a Suprema Corte poderá ficar atrelada ao conservadorismo por décadas, especialmente se ele nomear um jovem juiz. 

O presidente disse que quer fazer a indicação rapidamente devido à importância de ter um número ímpar de juízes, caso as eleições gerem polêmicas que acabem na Suprema Corte. 

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