Operação Apneia

PSB diz que investigações da PF 'não maculam' a Prefeitura do Recife

Publicado em: 28/05/2020 17:43 | Atualizado em: 28/05/2020 18:45

Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB. (Foto: Karina Morais/Arquivo DP.)
Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB. (Foto: Karina Morais/Arquivo DP.)
Em nota oficial, a direção nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) manifestou solidariedade ao prefeito do Recife, Geraldo Julio - a Secretaria de Saúde da capital foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (28). No comunicado, o PSB afirma que as investigaçõesão da PF "não maculam a administração" da cidade.

O texto, é assinado por Carlos Siqueira, presidente nacional do partido. "O PSB tem acompanhado as realizações da prefeitura do Recife, liderada pelo prefeito Geraldo Julio, que tem feito um formidável trabalho pela cidade desde o princípio de seu mandato, algo que a população reconhece. O mesmo desempenho vem sendo observado no enfrentamento da pandemia causada pelo Covid-19, o que permitiu a construção de sete hospitais de campanha, em um período de 40 dias, levando assistência médica aos (as) cidadãos (ãs) recifenses", inicia a nota.

"As investigações em curso, conduzidas pela Polícia Federal, não maculam a administração de Recife que já veio a público, em nota oficial, para esclarecer a situação objeto das diligências realizadas. Neste termos, o PSB Nacional manifesta sua solidariedade para com o prefeito Geraldo Julio, convicto de que os fatos se esclarecerão rapidamente, e em favor da administração municipal", pontua o diretor.

A direção estadual do PSB também se manifestou sobre o caso: "O PSB de Pernambuco destaca e reitera a confiança no trabalho desempenhado pelo prefeito Geraldo Julio e pelo secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia. Desde o primeiro caso confirmado da Covid-19 na cidade, a gestão municipal tem trabalhado arduamente para salvar vidas.".

"Esse trabalho resultou na construção de sete hospitais de campanha, com mais de mil pacientes que já receberam alta. A população recifense reconhece o trabalho do prefeito Geraldo Julio, um gestor que tem a vida dedicada ao serviço público. O PSB apoia e acredita no andamento das investigações, que mostrará a realidade dos fatos.", conclui o texto.

Nota conjunta
Mais cedo, também nesta quinta, 25 secretários municipais da capital assinaram uma nota de solidariedade ao secretário de Saúde, Jaílson Correia, que teve seu celular apreendido pela PF. "Nós, secretários da prefeitura, vimos a público para prestar nosso irrestrito apoio e solidariedade ao colega Jaílson Correia. Médico e cientista que tem sua competência reconhecida pelos recifenses. Conhecemos sua seriedade e honestidade. Jaílson jamais cometeria uma ilegalidade. Seu trabalho e compromisso com o povo já salvou muitas vidas nessa pandemia. Jailson é referência para todos nós como ser humano e como gestor público", diz o texto.

A nota é assinada em conjunto pelos secretários municipais Alberto Rabelo, Ana Paula Lins, Ana Paula Vilaça, Ana Rita Suassuna, André Nunes, Antônio Alexandre, Antônio Júnior, Bernardo D’Almeida, Carlos Eduardo Santos, Fred Oliveira, Glauce Medeiros, Guilherme Calheiros, João Braga, João Guilherme, Jorge Vieira, José Neves Filho, Lêda Alves, Marconi Muzzio, Murilo Cavalcanti, Oscar Barreto, Otávio Calumby, Rafael Figueiredo, Ricardo Dantas, Roberto Gusmão e Rodrigo Farias.

Entenda o caso
A Operação Apneia, da PF junto com a o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria Geral da União, cumpriu mandados de busca e apreensão e realizou diligências em Pernambuco e em São Paulo. No Recife, a polícia foi a dois locais - a sede da Secretaria de Saúde do Recife, que fica no prédio da prefeitura, no Recife Antigo; e na casa do secretário Jaílson Correia, no Espinheiro, Zona Norte. Na casa do secretário, foi apreendido o celular e documentos. 

Não houve prisões. Os envolvidos podem responder pelos crimes de dispensa indevida de licitação (Art. 89 da Lei 8.666/93), uso de documento falso (Art. 304 do CPB), além de sonegação fiscal (Art. 1º da lei nº 8.137/93) e previdenciária (Art. 337-A do CPB) e ainda associação criminosa (Art. 288 do CPB), sem prejuízo de outros delitos que venham a ser apurados no decorrer da investigação.

A apuração do caso foi iniciada pelo MPF, decorrentes de de representação do Ministério Público de Contas (MPCO), feita pelo procurador Cristiano Pimentel. A partir de agora, o MPF irá analisar as possíveis evidências colhidas durante a operação policial para, assim, dar sequência à investigação dos aspectos criminais referentes ao caso.

De acordo com o Ministério Público Federal, caso as irregularidades sejam comprovadas, os envolvidos podem responder pelos crimes de dispensa indevida de licitação, uso de documento falso, sonegação fiscal e previdenciária, bem como por associação criminosa e peculato.
Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.