Covid-19

Segundo bairro em número de mortes por Covid-19 no Recife, Água Fria ainda tem aglomerações

Publicado em: 28/05/2020 18:40 | Atualizado em: 28/05/2020 19:05

Movimentação em Àgua Fria, na manhã desta quinta-feira (28). (Foto: Tarciso Augusto/Esp. DP.)
Movimentação em Àgua Fria, na manhã desta quinta-feira (28). (Foto: Tarciso Augusto/Esp. DP.)
Água Fria, na Zona Norte do Recife, é o segundo bairro com maior registro de mortes em decorrência do novo coronavírus. Até essa quarta-feira (27), a Secretaria de Saúde da capital (Sesau) contabilizava 44 óbitos. O bairro só perde para Boa Viagem, que acumula 54. Na manhã desta quinta (28), o Diario percorreu o centro comercial e conversou com alguns moradores.

A movimentação, em si, no bairro, não estava tão grande. Algumas aglomerações se viam na frente de algumas lojas, na Avenida Beberibe. No Mercado de Água Fria tinha pouca gente circulando. Na Feira Nova, a poucos metros, o cenário era o mesmo. Vale lembrar que no dia 21 de maio (quinta-feira passada), a Prefeitura do Recife realizou uma fiscalização na área comercial de Água Fria. A ação resultou no fechamento de 15 lojas de serviço não-essencial, como barbearias, lanchonetes, lojas de produtos para festas e bares, por exemplo. 

O açougueiro Ademilton Pereira, de 53 anos, acredita que a ação teve efeito. “O movimento já tinha caído bastante. Depois da semana passada, quando veio o lockdown e a fiscalização, caiu mais ainda. Muitos clientes que vinham de carro nem aparecem mais”, conta. Ele só pontua a questão das máscaras: “Eu vejo que a maioria das pessoas estão usando máscara. Mas às vezes usa de forma errada, como abaixo do nariz ou no queixo, o que é errado”.

Quem também aponta essa questão é o ex-corretor de veículos Jorge Souza da Silva, de 58 anos. Morador de Água Fria há 40 anos, ele afirma que fica com receio quando vê alguém sem máscara nas ruas. “Eu só saí de casa para comprar comida. E tem muita gente na rua, de toda idade, teimando em não usar. A gente sempre alerta, mas alguns debocham. Nos ônibus, passageiro sem máscara fica arengando com motorista para subir”, comenta.
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