Encanto

Após carnaval, turistas se despedem de Olinda com saudades

Publicado em: 26/02/2020 15:12

O arquiteto alagoano Márcio Barros trouxe 40 pessoas de sua família para viverem o carnaval de Olinda. (Foto: Leandro de Santana/Esp. DP.)
O arquiteto alagoano Márcio Barros trouxe 40 pessoas de sua família para viverem o carnaval de Olinda. (Foto: Leandro de Santana/Esp. DP.)
Depois de cinco dias intensos de carnaval, o público começa a se despedir de Pernambuco. Em Olinda, na manhã desta quarta-feira de Cinzas (26), já era possível ver gente descendo ladeiras com malas nas mãos ou arrumando o bagageiro de carros e vans. Em 2019, a prefeitura do cidade estimava uma circulação de 3,4 milhões de pessoas, dentre moradores e turistas. A projeção oficial de 2020 deve ser divulgada pelo município nesta quinta (27).

Na Rua de São Bento, um carro lotado de objetos chamava a atenção de quem passava por lá. Era um reflexo da estadia de 40 pessoas de uma mesma família em uma casa alugada no Sítio Histórico. “A euforia para vir é maior do que a coragem para ir embora e voltar para a realidade”, brinca o arquiteto Marcos Barros, de 35 anos - um dos 40 que chegaram de Maceió para ocupar o imóvel sexta passada (21).

“Já tinha alugado casa em outras ocasiões, mas para mim. A família tinha um sonho muito grande de vir e conhecer o carnaval de Olinda, ter essa experiência. Aí eu, com a cara e a coragem, organizei para viabilizar isso”, prossegue Marcos. Boa parte dos 40 familiares já voltaram para suas casas, mas o arquiteto irá esticar a estadia em Pernambuco. “Vou em Porto de Galinhas. É hora da parte que mais trabalhou descansar”, diz, aos risos.
A mexicana Aura (centro) conheceu pela primeira vez o carnaval pernambucano, na companhia das amigas Ivi (esquerda) e Renata (direita). (Foto: Leandro de Santana/Esp. DP.)
A mexicana Aura (centro) conheceu pela primeira vez o carnaval pernambucano, na companhia das amigas Ivi (esquerda) e Renata (direita). (Foto: Leandro de Santana/Esp. DP.)
A empreendedora mexicana Aura Camargo, 29, veio pela primeira vez para a folia pernambucana e estava encantada com tudo que viu. “Volto hoje. Viajo daqui para São Paulo e, de lá, para a Cidade do México. A experiência de estar aqui foi intensa e divertida. Quero voltar ano que vem”, afirma. Segundo Aura, o carnaval no México é tratado como um dia comum: “Se celebra muito pouco. Todo mundo trabalha como em dias normais. É bem diferente do Brasil”.

Aura ficou hospedada em uma pousada, na companhia de outras duas amigas - a advogada potiguar Renata Oliveira, 32, que também mora no México, e da voluntária carioca Ivi Oliveira, 36. “Foi o terceiro ano seguido que vim para Olinda. Gosto da música, das cores e das fantasias. Coração já está apertado, mas agora é começar a se programar para 2021”, comenta Ivi. Já Renata prefere não pensar no futuro. “Eu sei que vou acabar vindo, mas agora quero ficar quieta. Ainda preciso arrumar minhas malas para ir embora”, revela.
O economista paulistano Vitor Melo ficou encantado com o que viu em Olinda. (Foto: Leandro de Santana/Esp. DP.)
O economista paulistano Vitor Melo ficou encantado com o que viu em Olinda. (Foto: Leandro de Santana/Esp. DP.)
Paulistano, o economista Vitor Melo, 29, volta para sua terra ainda nesta quarta, apaixonado pela festa e, principalmente, pela paisagem da cidade, como fez questão de destacar. “Os shows à noite foram legais, os bloquinhos, a paisagem. Tudo é muito diferente de São Paulo. Vou carregar isso comigo”, pontua.
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