FILME

'Os miseráveis', que dividiu prêmio com 'Bacurau' em Cannes, estreia no Brasil

Publicado em: 17/01/2020 21:48

Ação de trio de policiais em Montfermeuil, periferia parisiense onde se desenrola o romance de Victor Hugo, move a trama de Os miseráveis (Foto: Divulgação/Diamond Films)
Ação de trio de policiais em Montfermeuil, periferia parisiense onde se desenrola o romance de Victor Hugo, move a trama de Os miseráveis (Foto: Divulgação/Diamond Films)
Na França, os policiais de ronda andam em trio, não em duplas, como no Brasil. Isso explica a conformação no carro de Os miseráveis, o longa francês do maliano Ladj Ly, que estreou nesta semana no Brasil. Desde o Festival de Cannes do ano passado, em que dividiu o prêmio do júri com Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, Os miseráveis tem sido um dos expoentes da tendência que se pode definir como “revolta dos excluídos”.

Foi indicado ao Globo de Ouro e concorre ao Oscar de melhor filme internacional. Não vai ganhar, porque está trombando em todas essas disputas com Parasita, do sul-coreano Bong Joon-ho, que disputa seis categorias do Oscar, incluindo a de melhor filme. Dois atores do filme, Alexis Manenti e Almamy Manouté, estiveram no Festival do Rio, em dezembro passado. Manenti é corroteirista do longa, com o diretor.
 
Na origem de Os miseráveis está um curta escrito por Manenti. Entre os dois filmes, há uma diferença e tanto. Ambos mostram o funcionamento da força policial pelo olhar de um novato na vizinhança. No curta, o policial que está chegando comete a infração que pode levar o mundo – aquele mundo – à explosão. No longa, é testemunha, e a questão é como reagirá.
Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.