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Notícia de Turismo

Itaipu muito além da eletricidade

Usina binacional é imperdível atração turística no Paraná, com passeios por instalações grandiosas e um refúgio da natureza

Publicado em: 11/01/2020 06:00 | Atualizado em: 10/01/2020 09:57

Opulência: Segunda maior do mundo, usina é mola-mestra para a geração de energia no Brasil (Itaipu/divulgação)
Opulência: Segunda maior do mundo, usina é mola-mestra para a geração de energia no Brasil (Itaipu/divulgação)

A opulência do Rio Iguaçu, que deságua em 275 quedas, é motivo suficiente para tornar as cataratas Patrimônio Natural da Humanidade. Título recebido 47 anos após a inauguração do Parque Nacional do Iguaçu, em 1986. O frondoso curso fluvial divide o Brasil de seu hermano argentino que hospeda o quase homônimo Parque Nacional Iguazú.

Sem dúvidas, as Cataratas do Iguaçu são merecidamente a maior atração de Foz. Esplendor da natureza que colocou o país na mira do ecoturismo e mostrou ao  mundo que o Brasil tem riquezas mil incrustadas longe dos litorais. As quedas ocupam o terceiro lugar mais visitado por turistas estrangeiros no nosso território.

Entretanto, a cidade paranaense, que abriga pouco mais de 250 mil habitantes, tem outros tantos belos atrativos. Um deles também é recordista em números e grandeza, além de ser responsável por boa parte da receita da cidade, gerada por royalties. A grandona referida é a usina hidrelétrica Itaipu Binacional. A segunda do mundo, perdendo apenas para a usina chinesa das Três Gargantas.

Construída em 1973 e fruto de uma parceria entre Brasil e Paraguai, Itaipu ocupa o primeiro lugar no pódio mundial em produção de energia limpa e renovável. As águas do Rio Paraná impulsionam as turbinas da usina desde 1983, que até 2016 gerou o suficiente para abastecer o mundo inteiro por 40 dias, duas horas e 45 minutos. Em 2018, a hidrelétrica foi responsável pela distribuição de 15% do total de energia elétrica consumida no Brasil e 90% do Paraguai.

Todos esses números são apenas uma parte de toda a opulência dessa hidrelétrica que traz nas veias preservação ambiental. A empresa conduz projetos de restauração da fauna e flora, da conservação da cultura indígena oriunda da região e fomenta ações de manejo de resíduos sólidos recicláveis. Essas questões são levadas a sério pela Itaipu, que também alia a todas elas um convite à sociedade a conhecer de perto o trabalho oculto que ela desenvolve nessas frentes.

As curiosidades do funcionamento das engrenagens que fazem nossas lâmpadas acenderem, os bilhões de litros de água que jorram pelos vertedores nos tornando tão pequeninos e muitos desses programas ambientais estão de portas abertas aos turistas.

Seria a barragem o coração de Itaipu? Não, talvez a robustez dos braços. O coração fica a cargo deste cantinho delicioso e rodeado de Mata Atlântica. O Refúgio Biológico Bela Vista (RBV) traz toda a essência em seu nome, é ali onde são preparadas as mudas destinadas ao reflorestamento e onde os animais resgatados são acolhidos com todo o cuidado e amor. Aliás, amor parece ser sentimento motriz nesse lugar, o brilho nos olhos dos colaboradores é visto de longe.

O reduto completou 35 anos no final de outubro e apresentou ao público duas conquistas: o nascimento da segunda geração de onças pintadas e a comemoração dos 10 anos da primeira harpia fruto do programa de reprodução do RBV. Este último é o maior do mundo e existente desde o ano de 2000, quando a primeira rapina, um macho, foi resgatado e levado para Itaipu.

O processo de reprodução em cativeiro levou cerca de três anos para vingar, de 2006 a 2009 os filhotinhos não sobreviviam pela falta de assistência parental. Então, aprimorando as técnicas, os profissionais passaram a prestar os primeiros cuidados às aves recém-nascidas. Todo cuidado é investido do início ao fim do processo, a ideia é a não domesticação dos bichos, para que haja a reinserção no meio ambiente.

Onças pintadas e harpias vivem na reserva ambiental de itaipu (Itaipu/divulgação)
Onças pintadas e harpias vivem na reserva ambiental de itaipu (Itaipu/divulgação)

Aves

Desde o início da jornada do Programa de Reprodução de Harpias de Itaipu, 31 aves nasceram, cresceram e foram destinadas a outras instituições ou à natureza. “Nosso programa é o único no mundo que mantém uma reprodução continuada da espécie. Em outras instituições, há dois ou três nascimentos, mas não é mantida a reprodução de forma constante”, explica o biólogo da empresa Marcos de Oliveira, especialista e responsável no manejo de aves de rapina. (Correio Braziliense)

Visite

Refúgio Biológico

Quando: Terça a domingo
Duração: 2h30
Público: livre
Valor: R$ 30

Especial (parte interna da usina)
Quando: Todos os dias
Duração: 2h30
Público: Maiores de 14 anos
Valor: R$ 128

Polo Astronômico
Quando: Terça a domingo (dia); Sexta, sábado e domingos (noite)
Duração: 2h
Público: Livre
Valor: R$ 30
A Itaipu Binacional oferece outras opções de passeio à usina. Para mais informações e aquisição dos bilhetes, acesse: ingressos.turismoitaipu. com.br
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