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A linda Olinda, do maracatu ao artesanato, um patrimônio cultural

Publicado em: 01/03/2019 10:25 | Atualizado em: 01/03/2019 10:31

Foliões ocupam as ruas de Olinda. Foto: Arquimedes Santos/PMO

Todo o multicolorido e cantoria que se vê na tevê é real. A seis quilômetros da capital, a “Terra dos Gigantes” é charmosa em cada cantinho. Classificada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, reúne casarios, igrejas, conventos, enormes ladeiras e mirantes com vista de tirar o fôlego. É nas ruelas que o show acontece, sem hora para acabar.

E como a tradição manda, os bonecos gigantes de Olinda são peças chave. Artistas de grande relevância são retratados na mais perfeita cópia, sem esquecer os personagens mirins, afinal a festa é para todos. Alguns pesam cerca de 60 quilos. A companhia segue com o famoso Homem da Meia-Noite. A simbologia é tão forte que ele se tornou Patrimônio Vivo do estado.

Visita a Casa dos bonecos gigantes de Olinda. Foto: Guga Matos/SeturPE
 

Há 87 anos o boneco gigante sobe as ladeiras arrastando multidões. Uma das histórias que se conta é que havia um homem muito bem vestido, com chapéu e usava dente de ouro, que só aparecia aos sábados de madrugada. Benedito, músico e carpinteiro, criador do primeiro boneco, seguiu o homem à época e descobriu que ele pulava as janelas das mulheres para namorar. Já a questão mística é que ele nasceu no dia 2 de fevereiro, dia de Iemanjá, à meia noite — o horário mais misterioso do mundo —, na sede em frente à Igreja Nossa Senhora da Rosa Mística — igreja mais simbólica da cidade.

Luiz Adolpho tornou-se presidente do Homem da Meia-Noite e segue na trajetória há 17 anos. Ele herdou a tradição de seu falecido pai e faz o trabalho com honra desde então. Este ano, o tema será “A voz do morro”. O boneco é símbolo da abertura do carnaval olindense, que aparece sempre à zero hora de sábado, arrastando aproximadamente 500 mil pessoas. “Subiremos o Morro da Conceição questionando toda essa elite absurda que tomou conta do nosso país, que humilha e pisa no nosso povo e que não dá direito à voz a eles. Temos essa obrigação social de combater isso”, destaca o presidente.
 
Apresentação de Maracatu em Nazaré da Mata, na Mata Norte de Pernambuco. Foto: Guga Matos/SeturPE


Passear pelas ruas de tamanhos diferentes e colecionar várias casas coloridas com o olhar ressalta o charme da cidade. O percurso também pode ser feito no veículo turístico com nome bem sugestivo: Olinda aventura. O trajeto faz parada em 12 pontos principais, entre eles o Alto da Sé e o Mosteiro de São Bento.

A rima de Nazaré

Apresentação de Maracatu em Nazaré da Mata, na Mata Norte de Pernambuco. Foto: Guga Matos/SeturPE

Ir para o carnaval de Pernambuco implica em aproveitar tudo que o estado proporciona. A 63 quilômetros da capital, pouco mais de uma hora de viagem, um outro município que respira a temporada brasileira é Nazaré da Mata. O festejo arrasta crianças, mulheres, homens e até pessoas de mais idade. O carro chefe do lugar é o maracatu. Para quem nunca vivenciou algo do tipo, é indescritível. As cores, a rima improvisada, o gingado, a saia rodada das mulheres e o colorido de todos.

A apresentação acontece durante os cinco dias. Serão mais de 100 grupos que se apresentarão. O mais antigo tem 101 anos. A reunião de disputa acirrada em que o município mais recebe visitantes é na segunda-feira, 4 de março. Em Nazaré, o destaque se dá ao Maracatu Rural, em que o principal símbolo é o caboclo de lança, uma mistura da cultura afro-indígena com manifestações populares, como bumba-meu-boi, folia de Reis, entre outras pernambucanas.

Artesanato

Centro de Artesanato em Tracunhaém, Mata Norte de Pernambuco. Foto: Guga Matos/SeturPE

 
A riqueza do estado pernambucano é tamanha, que cada região tem um ponto de destaque, uma tradição local. A quase 57 quilômetros de distância de Recife, Tracunhaém é um município que fica entre Nazaré da Mata e a capital. O artesanato movimenta a economia e toda a população. Se você se lembra do filme estrela dos Estados Unidos, Ghost, a cena é idêntica quando se vê o trabalho completamente todo manual do artesão. O município concentra diversas olarias onde fazem todo o processo do produto para que chegue pronto ao consumidor. O trabalho é extenso e merece todo o destaque.

Por toda a cidade é possível encontrar as peças. O Centro de Artesanato reúne os produtos da maioria dos artesãos do município. Na Olaria Dantas, acontece o trajeto de diferentes materiais e no Ateliêr do Zezinho, a delicadeza chama a atenção. É uma obra de arte.
 
Onde comer

Patuá
O lugar tem decoração charmosa e acolhe o gosto de quem tem a difícil missão em decidir apenas um prato para comer. A combinação do doce com o salgado pode ser sentida na moqueca que leva banana.
Rua Bernardo Vieira de Melo - Carmo, Olinda.

* Estagiária sob supervisão de Taís Braga

* Viagem a convite da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco
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