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Internet 5G começa em 2019, mas ainda não há previsão para a América Latina

O Brasil tem um problema específico: a definição das faixas de frequência que poderão ser usadas. Sem isso, não é possível fazer as adaptações necessárias para elevar o padrão da rede

Publicado em: 05/12/2018 08:48

O maior desafio para implantação do serviço 5G não está nos aparelhos, mas sim na rede. Foto: Josep Lago/AFP
A Qualcomm lançou, na terça-feira (4/12), o processador 855. Esse é o chip que vai equipar a primeira geração de celulares 5G, com uma velocidade de transmissão de dados equivalente a dez vezes à que se obtém em média hoje em uma boa conexão de rede fixa.
 
O número dois global da empresa, Cristiano Amon, apresentou um mapa com a previsão do início das operações em países da América do Norte, Europa e Ásia em 2019. Algo que chamou na apresentação foi a ausência de previsão de qualquer serviço, ainda que em fase incial, em duas regiões: América Latina e África. Os países latino-americanos terão crescimento econômico médio de 1,5%, bem abaixo da metade da média mundial, de 3,7%. 

No caso da África, o desempenho é também inferior à média mundial, mas bem acima da América Latina, com 3,2%. O problema é que, entre os africanos, o nível de desenvolvimento ainda é muito precário, o que dificulta investimentos mais significativos. O Brasil tem um problema específico: a definição das faixas de frequência que poderão ser usadas. Sem isso, não é possível fazer as adaptações necessárias para elevar o padrão da rede.

O maior desafio para implantação do serviço 5G não está nos aparelhos, mas sim na rede, que terá de ser refeita para permitir o funcionamento do sistema com maior velocidade. A Qualcomm está desenvolvendo a tecnologia de ondas milimétricas, que consegue atravessar paredes e vegetação sem perda de qualidade.

Motorola e Samsung,dois fabricantes que usam processadores da Qualcomm, apresentaram seus modelos 5G, ainda em fase não comercial, no evento do Qualcomm nesta ilha do arquipélago do Havaí, no Pacífico. A fabricante norte-americana de celulares criou um adaptador que poderá ser encaixado em alguns celulares 4G da marca, que vão se tornar o 5G. A Samsung criou um modelo específico, a ser lançado no próximo ano. No Brasil, os aparelhos vão chegar antes mesmo de a rede estar disponível.

O 5G permite que os aparelhos se mantenham conectados entre si, trocando informações. Pessoas que sofrem de doenças crônicas e precisam de acompanhamento médico poderão ter indicadores de saúde monitorados 24 horas por dia, permitindo intervenção rápida caso seja necessário. A tecnologia também fará com que com que veículos se comuniquem entre si e com outros aparelhos, permitindo,por exemplo, a existência de carros e caminhões sem motoristas.

Na área de entretenimento, os usos serão vastos. Videogames ficarão muito mais sofisticados na imagem e com maior velocidade de respostas. E será possível baixar filmes e séries com velocidade muito maior do que a atual. Em pouos segundos, um aparelho poderá baixar um programa de duas horas de duração.

Para o diretor de Produtos da Qualcomm, Don McGuire, essas facilidades não sginificam que as pessoas vão ficar viciadas no uso dos aparelhos. “É como a eletrecidade: você usa o tempo todo, sem se dar conta. Com a conectividade vai ser a mesma coisa”, afirma. Ele ressalva que as pessoas devem usar os aparelhos de forma consciente, sem deixar que substituam relações pessoais.
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