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Facebook questiona usuários se deve permitir que adultos peçam 'nudes' a crianças

Questionário disponibilizado para usuários gerou polêmica e provocou pronunciamento do vice-presidente de produto da rede social, Guy Rosen

Publicado em: 09/03/2018 10:50

Foto: Leon Neal/AFP (Foto: Leon Neal/AFP)
Foto: Leon Neal/AFP (Foto: Leon Neal/AFP)

''Pensando em um mundo ideal, onde você poderia escolher as nossas políticas de publicação, como você lidaria com a seguinte situação: em uma mensagem privada, um homem adulto pede a uma menina de 14 anos uma foto nua. Isso deveria ser permitido no Facebook?'', essa foi uma das perguntas de um questionário polêmico feito pela rede social no último domingo. As respostas disponíveis para a pergunta iam de ''esse tipo de conteúdo não deveria ser permitido no Facebook e ninguém deveria vê-lo'' até ''esse tipo de conteúdo deveria ser permitido no Facebook e eu não me importaria em vê-lo''. No mesmo tópico, havia uma segunda pergunta feita aos usuários, desta vez questionando quem deveria ter poder de escolha sobre esse tipo de situação. As respostas disponíveis incluíam ''os usuários devem decidir por votação'' e ''o Facebook deveria ter o controle sobre suas próprias regras''. 

Foto: Reprodução/Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)
Foto: Reprodução/Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)


Em nenhuma das questões propostas a empresa levou em consideração leis de proteção à criança e ao adolescente ou o envolvimento das autoridades. Pelo contrário,  em todas as opções o Facebook era visto como juiz. Apesar da polêmica ter seu foco na pergunta sobre pornografia infantil, outros assuntos também estavam no escopo da pesquisa – entre eles questões envolvendo glorificação do extremismo, a transparência do Facebook como ambiente social, entre outras. 

Tão logo o questionário começou a ser aplicado aos usuários, vieram as represálias e, em questão de horas, o Facebook admitiu que foi ''um erro'' ter incluído essa pergunta na pesquisa. O vice-presidente de produto da rede social, Guy Rosen, falou sobre a questão em pronunciamento. ''Fazemos questionários para entender como a comunidade pensa e como deveríamos adaptar nossas políticas de publicação e convivência. Mas, esse tipo de ação é, e sempre será, proibida no Facebook. Nós regularmente trabalhamos junto às autoridades em casos de pedofilia. Isso não deveria ter sido parte da pesquisa'', afirmou. ''Proibimos, desde os nossos primeiros dias, esse tipo de conduta no Facebook. Não temos qualquer intenção de mudar e estamos trabalhando em parceria com a polícia para garantir que qualquer um que seja pego cometendo esse tipo de crime seja encaminhado para as instâncias legais devidas'', complementou.
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