| |
Apple pode interromper produção de iPhones no Brasil - Foto: Divulgação/Apple |
Uma notícia pegou os fãs da Apple de surpresa na última semana. De acordo com uma reportagem veículada na edição da revista Isto é Dinheiro, a Foxconn, uma das maiores fabricante de eletrônicos por contrato do mundo e fornecedora da Apple no Brasil, pretende encerrar suas atividades em solo nacional. Ainda de acordo com a revista, fontes familiarizadas com o assunto já dão como certa a saída da empresa do mercado nacional. No entanto, a empresa norte-americana nega as informações da publicação.
A revista teria entrado em contato com uma ex-funcionária demitida da fábrica da empresa taiwanesa de eletrônicos Foxconn com sede em Jundiaí (SP), que não quis se identificar. Nos últimos anos, o Brasil recebeu seis fábricas da Foxconn: duas em Manaus, uma em Santa Rita do Sapucaí (MG) e três em Jundiaí
O presidente da Foxconn, Terry Gou, na época do acordo com o governo brasileiro, em 2011, prometeu à então presidente do país, Dilma Rousseff, que investiria um montante US$ 12 bilhões no Brasil e empregaria mais de 100 mil pessoas para produzir e montar produtos da Apple e de outras empresas. Porém, o total de funcionários da Foxconn no país nunca chegou a 10 mil.
Desde o ano passado a empresa vem enfrentando problemas em relação à uma série de fatores como o crescente aumento dos impostos brasileiros e a crise no mercado de eletrônicos. Analistas de mercado analisam que a empresa sequer chegou a engrenar no país.
Há cerca de dois meses, a empresa californiana
já havia encerrado a fabricação do tablet iPad no Brasil. Depois de dois meses de redução no ritmo de produção na fábrica da Foxconn em Jundiaí, no interior de São Paulo, a linha de montagem foi desativada. A fábrica produziu várias versões do iPad no País, desde que o governo autorizou a fabricação do produto, em 2012. A operação do iPad chegou a ter 2.000 empregados em 2012, mas já tinha caído para 130 neste ano, e deste número, pelo menos 70 foram demitidos em abril.
E o preço?
Se a saída for confirmada, é quase que uma certeza que os preços da empresa da maçã irão disparar no Brasil. No país onde se paga o 2º iPhone mais caro do mundo – perdendo apenas para a Turquia e com uma diferença de 147% dos valores praticado nos EUA – , não é de estranhar que os preços mais uma vez sejam alavancados. Com a alta carga de impostos de tributação do governo em relação aos produtos importados, o usuário fã da Apple deve ficar atento ao mercado nos próximos meses.