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Green Day coloca o sarrafo no alto com o melhor show do Rock in Rio

Publicado em: 10/09/2022 12:52

 (Multishow/Reprodução)
Multishow/Reprodução

Cidade do Rock - Você pode até chamar o jornalista que vos escreve de “emocionado”, mas se tem algo unânime nos cinco dias de Rock in Rio até o momento é de que Green Day fez, na noite de sexta-feira, no Palco Mundo, o melhor show do festival. Certamente entrou na lista dos memoráveis das 22 edições e dificilmente será superado - Coldplay vai precisar se esforçar neste sábado. Teve entretenimento, de fãs cantando e tocando guitarra a pedido de casamento, pirotecnia, roda de pogo com sinalizador de fumaça vermelho (item proibido), interação de Billie Joe Armstrong à la Freddie Mercury regendo o público e um repertório bem “greatest hits” na primeira participação da banda de punk rock norte-americana no evento. Demorou, mas foi bom demais.

Green Day já veio outras três vezes ao Brasil. Em 1998, fizeram a turnê do disco Nimrod pelo Sudeste. Em 2010, foi a vez de apresentar o álbum 21st century breakdown. E em 2017, mais um show no país. O repertório no Rock in Rio foi um passeio pela discografia, especialmente por dois dos mais celebrados: American idiot e o clássico Dookie. Desse primeiro, lançado em 2004, rolaram a faixa-título, Holiday, Boulevard of broken dreams, Wake me up when september ends, Jesus of suburbia e St. Jimmy. Do segundo, de dez anos antes, tiveram Welcome to paradise, When I come around, Longview e, claro, Basket case, o maior dos sucessos.

Tiveram ainda Know your enemy e 21 Guns (do 21st century breakdown, de 2009), Minority e Waiting (do Warning, de 2000), Brain stew (do Insomniac, de 1995), além de Hitchin' a ride, King for a day e Good riddance (do Nimrod, de 1997). Essa última fechou o show, com Billie Joe, um violão e um coro de milhares de vozes. Do mais recente, Father of all motherfuckers, de 2020, o grupo não tocou nenhuma, numa forma de priorizar hits da era MTV, o auge da carreira.

A banda também tocou covers: Knowledge (do Operation Ivy), Shout (do The Isley Brothers) e a incendiária Rock and roll all nite (do KISS). Vários outros clássicos também entraram com trechinhos como teaser ou sample, a exemplo de Iron man (Black Sabbath), Ziggy Stardust (David Bowie), Careless whisper (George Michael) e, na abertura, Bohemian rhapsody (Queen) e Blitzrieg bop (Ramones) cantadas a plenos pulmões pela plateia.

Vale destacar também o quanto os músicos são afiados. O baterista Tré Cool e o baixista Mike Dirnt formam com Billie um trio inseparável e insuperável. O vocalista é um showman. Além dos convites ao palco e de tanta simpatia, ele pendurou nos ombros a bandeira do Brasil com os dizeres "no racism, no fascism, no sexism, Green Day" e ergueu outra do orgulho LGBTQIA+. O coro contra o presidente Jair Bolsonaro, como tem ocorrido em todos os shows do festival, foi forte. E é importante lembrar também as muitas letras politizadas do grupo. 

Billy Idol esqueceu a letra de um grande sucesso, Eyes wihtout a face ((I Hate Flash/Divulgação)
Billy Idol esqueceu a letra de um grande sucesso, Eyes wihtout a face ((I Hate Flash/Divulgação)

MAIS SHOWS
O quinto dia de shows do Rock in Rio teve momentos curiosos. Se no dia anterior a voz de Axl Rose gerou rebuliço (leia AQUI), inclusive com o líder do Guns n' Roses se desculpando depois pelo desempenho, alegando questão de saúde, na noite seguinte chamou a atenção a performance de Billy Idol. O cantor britânico de 66 anos simplesmente esqueceu a letra de um dos seus maiores sucessos, Eyes without a face, pediu para o guitarrista recomeçar a canção, errou novamente e saiu do palco por uns instantes. Também no Palco Mundo, o grupo de pop punk Fall Out Boy colocou fogo no piano e teve baterista só de cueca

Alceu Valença foi uma das estrelas do show 1985: A Homenagem ((I Hate Flash/Divulgação)
Alceu Valença foi uma das estrelas do show 1985: A Homenagem ((I Hate Flash/Divulgação)

Já do outro lado, no Palco Sunset, com público gigantesco e digna de Palco Mundo, Avril Lavigne animou com sucessos tipo Sk8r Boi (escreve assim mesmo) e Complicated. O mesmo Sunset teve shows bastante concorridos, como Jão e sua plateia mais jovem e fiel, e 1985: A Homenagem, celebrando a primeira edição do Rock in Rio e sua trajetória, reunindo nomes como Alceu Valença, Elba Ramalho, Blitz, Ivan Lins e Pepeu Gomes, além de Luísa Sonza com Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, para reproduzir a icônica Love of my life. Também subiram ao palco Di Ferreiro e Vitor Kley, que abriram os trabalhos no Sunset, e Capital Inicial, que inaugurou o Palco Mundo.

E HOJE?
Este sábado é o dia do ingresso esgotado mais cedo. Coldplay vai tocar de 0h10 para dezenas de milhares, ávidos também para assistir a cubana-americana Camila Cabello, às 22h10. Bastile (20h10) e Djavan (18h) completam o Palco Mundo. Já o Sunset terá shows de Bala Desejo (15h30), Gilsons com Jorge Aragão (16h55), Maria Rita (19h05) e CeeLo Green (21h15).
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