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Ana Vaz leva encontro de pintura e poesia na mostra Haigas Ocidentais

Publicado em: 24/08/2022 09:40 | Atualizado em: 24/08/2022 13:09

Exposição da Arte Plural Galeria, no Bairro do Recife, reúne 30 pinturas em diálogo com a arte japonesa (Renata Vaz/Divulgação)
Exposição da Arte Plural Galeria, no Bairro do Recife, reúne 30 pinturas em diálogo com a arte japonesa (Renata Vaz/Divulgação)

Um mergulho na tradição poética japonesa dos haicais foi a centelha criativa para a artista visual recifense Ana Vaz produzir seu mais recente trabalho. A mostra Haigas ocidentais estreia nesta quarta-feira, na Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife), e fica em cartaz até 28 de outubro, com acesso gratuito de segunda a sexta, das 9h às 18h, e, aos sábados, das 14h às 18h. Com curadoria da também artista e professora Maria do Carmo Nino, a exposição reúne 30 telas que traduzem o diálogo entre os pequenos poemas cheios de significado e suas impressões imagéticas. 

Ana diz ter encontrado companhia na poesia e descoberto os haicais durante o período de isolamento social na pandemia. Os pequenos poemas, por sua vez, muitas vezes vêm acompanhados de pinturas denominadas de haigas, que podem ser feitas por outra pessoa ou pelo próprio poeta (o haijin), com uso do mesmo pincel com o qual o haicai foi escrito sob a forma de ideograma. 

“No meu caso, artista essencialmente brasileira e nordestina, as técnicas e linguagens são necessariamente outras, por isso falo em diferenças e semelhanças, falo em diálogo”, detalha. Cada haicai escolhido resultou em uma imagem específica, com a transcrição dos poemas (haicais) que lhe deram origem. Assim o espectador terá oportunidade de interpretar e associar, possibilitando maior interação do público com as obras.

Ana Vaz estudou, a partir de 1977, na École Nationale Supérièure des Beaux Arts e na Université de Paris VIII, onde concluiu a Licenciatura em Artes Plásticas. No país, fez cinco exposições individuais e outras coletivas também em Portugal, Mônaco, Suíça e Espanha. De volta ao Brasil em 1983, instalou atelier em Olinda e realizou mostra individual no MASP. Em 1991, fundou no Recife o Espaço Cultural Arte Forte, destinado ao ensino de técnicas de pintura e mostra de trabalhos de artistas emergentes.
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