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O lançamento será realizado no próximo dia 12 de novembro, às 17h, no canal da Instituição, no YouTube.
(Divulgação) |
Compositor, arranjador e violonista, Edgard Moraes (1904 - 1974) será tema de um documentário lançado pela Fundação Joaquim Nabuco. A poesia de Edgard Moraes é uma produção da Massangana Audiovisual que narra a sua trajetória até os dias atuais, com o legado vivo no coral que leva o seu nome, criado em 1987 por suas filhas e netas.
Ao longo de sua vida, Edgard Moraes compôs cerca de 300 canções, em sua maioria marchas e frevos que embalaram o desfile de dezenas de blocos carnavalescos. Dentre os diversos blocos que participou, Edgard figurou como fundador em pelo menos quatro deles: Pirilampos, Turunas de São José, Jacarandá e Corações Futuristas. Outro feito que imprime seu nome, foi a formação de uma banda de pau e corda.
“Ele era autodidata. Foi uma pessoa muito bem relacionada entre grandes compositores, como o Maestro Nelson Ferreira, como Capiba e outros tantos de sua época”, aponta a filha Inajá Moraes, que participou da gravação da maioria de suas músicas, na Fábrica de Disco Mucambo, sob a regência de Nelson Ferreira. “Ele sempre tinha uma música para gravar e tocar no Carnaval”, destaca, ao recordar o desejo do pai de criar um coral. Foi assim que a maioria de suas filhas iniciaram o que mais tarde se tornaria o Coral Edgard Moraes, que inclui também, além das netas, sobrinhas e bisnetas do compositor.
Acervo
No acervo do Centro de Documentação e Estudos da História Brasileira (Cehibra), da Fundação Joaquim Nabuco, Edgard Moraes também está presente. São LPs, discos e partituras. No álbum “João Santiago e os 50 anos do bloco Batutas de São José” (Rozenblit, 1982), um disco de cera de 78 RPM (rotações por minuto), lá está ele com a composição “Desacatando”. Já ao lado do irmão e músico Raul Moraes (1891-1937), Edgard aparece no LP exclusivo: Glórias do Carnaval de Pernambuco (Rozenblit, 1974).
O documentário que será disponibilizado no YouTube integrará também o acervo do Cehibra. Para a coordenadora, Albertina Malta, o interesse em ampliar os recursos e formas de documentar novos acervos é valioso. “Recolher depoimentos e novas impressões, registrar memórias de pessoas que conviveram com titulares que a gente já tenha dentro dos arquivos, como é o caso de Edgard Moraes. Esse acesso a estas pessoas e personagens que revivem e difundem o trabalho do músico é muito importante”, afirma.