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CINEMA

Filme pernambucano é escolhido por selo de incentivo ao audiovisual feminino

Publicado em: 06/04/2021 12:04 | Atualizado em: 06/04/2021 12:10

O longa pernambucano Coração de lona, da pernambucana Tuca Siqueira, está entre os seis filmes selecionados na 4ª edição do Selo Elas (Foto: Divulgação)
O longa pernambucano Coração de lona, da pernambucana Tuca Siqueira, está entre os seis filmes selecionados na 4ª edição do Selo Elas (Foto: Divulgação)


Idealizado com o intuito de ampliar a participação feminina no audiovisual, em um mercado no qual menos de 20% dos filmes lançados comercialmente são dirigidos por mulheres (segundo o último levantamento da Ancine, em 2016), o Selo Elas segue expandindo a atuação. Neste ano, a iniciativa da distribuidora paulista Elo Company, que já atendeu 37 projetos, sendo 16 fora do eixo Rio-São Paulo, aprovou seis produções, incluindo uma pernambucana.

O longa-metragem Coração de lona, dirigido por Tuca Siqueira, representa o estado. Também foram selecionados As flores do recôncavo, de Glenda Nicácio e Ary Rosza (BA); Avenida beira mar, de Maju de Paiva (RJ); Ecoloucos, de Cibele Amaral (DF); Sereis uma só carne, de Andréia Kaláboa (PR); e o documentário E quem se importa?, de Roberta Fernandes (ES).

"Estou bem contente mesmo de ter sido selecionada, principalmente neste momento pandêmico. O selo é um incentivo, é um segurar nas mão. O cinema pernambucano tem uma fama forte, de um cinema político, de crítica, mas ele é muito diverso e precisa ocupar espaços comerciais, para deixarmos de falar com a bolha e adentrar outros espaços", celebra Tuca Siqueira, que já recebeu apoio do Elas em 2018 para o longa Amores de chumbo.

“Foi um filme feito por mulheres, forte, e temos a alegria de ter Tuca de volta no Selo, achamos que faz muito sentido. É o novo filme dela e a gente enxerga que esse é um projeto audacioso, que comprova a força e a personalidade de sua direção. E tem uma coisa que eu acho muito bonita no trabalho da Tuca, que é a resistência do amor”, diz Barbara Sturm, diretora da Elo e criadora do selo. “O Elas é um selo de prevenção, ao invés de criar uma cota, quisemos criar um projeto para tentar prevenir que o cinema não mantenha a baixa representatividade de mulheres, ocupando esses lugares, seja nas histórias, no corpo técnico, na direção”, explica a diretora.

Criado por Barbara Sturm, o selo tem o intuito de ampliar a participação feminina no audiovisual (Foto: Ciça Nader/Divulgação)
Criado por Barbara Sturm, o selo tem o intuito de ampliar a participação feminina no audiovisual (Foto: Ciça Nader/Divulgação)


“2020 foi um ano de correr muito atrás e repensar, tanto no modelo de negócio, quanto no mundo, então achamos fundamental continuar esse trabalho. Não temos perspectiva diante da pandemia, mas estamos nesse movimento, sabemos que os filmes serão feitos. Cada projeto tem seu tempo, o importante é seguir com o nosso ideal de empoderar as mulheres que dirigem e fazer com que todos os anos amplie para mais participações”, defende a Bárbara.

O roteiro de Coração de lona mescla ficção e documentário em um mergulho na história de uma família circense desde a saída do Sertão ao Litoral nordestino, na busca de sentido para a existência. Junto à lona de afeto de Biu, Inês e Diva, personagens reais e seus circos são o tom documental da ficção. A produção ainda está em fase de contratação do elenco e, até o momento, o único ator confirmado é o pernambucano Jesuíta Barbosa.

"No filme, abordamos o conceito de família como o pilar de vida. É um filme que fala sobre o contexto de pequenos circos e a realidade deles. Trouxe personagens reais e ficcionais para dentro do roteiro. O filme tem muita cor, mas muita cor desbotada. É como um circo tentando viver, e uma família inventada se ajudando, mesmo sendo extremamente solitária", explica Tuca. Ainda não há uma confirmação quanto ao início das gravações. Apesar dos protocolos para conter a disseminação do vírus, a diretora não descarta alterações no roteiro para incluir traços do panorama atual.

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