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CULTURA

Festival Bonança investe na difusão da cultura popular nordestina em edição virtual

Publicado em: 16/04/2021 17:48 | Atualizado em: 16/04/2021 17:53

A programação conta com a presença de Cida Pedrosa, Jorge Filó e Susana Morais (Foto: Andréa Rêgo Barros/Divulgação, Jan Ribeiro/Divulgação e Divulgação
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A programação conta com a presença de Cida Pedrosa, Jorge Filó e Susana Morais (Foto: Andréa Rêgo Barros/Divulgação, Jan Ribeiro/Divulgação e Divulgação )

A lírica do sertão e as manifestações culturais do interior de Pernambuco ganham destaque na nova edição virtual do Festival Bonança – do Sertão ao Litoral, com expressões artísticas da música e da poesia e ainda uma atividade formativa para poetas. Neste sábado (17), a partir das 16h, o evento reúne nomes como Cida Pedrosa, Jorge Filó, Susana Morais, Haidée Camelo, Oliveira de Panelas, o trio Em Canto e Poesia. O festival é gratuito e será transmitido pelo canal da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco no YouTube.

O festival contará com ações formativas, oficinas, rodas de conversa e apresentações musicais de Oliveira de Panelas, com voz e viola e 60 anos de cantoria, e também do trio Em Canto e Poesia, composto pelos irmãos Marinho. Já as apresentações poéticas ficam por conta de Jorge Filó, cordelista, e Cida Pedrosa, poeta que recentemente foi a vencedora do Prêmio Jabuti de Literatura. A curadoria é assinada por Rogério Robalinho. "A proposta do festival é trazer a pujança e a riqueza da lírica do sertão, um evento sobre poesia e vida. Teremos música, intervenções poéticas, rodas de conversas e ações formativas", adianta o coordenador técnico Guilherme Robalinho.

De acordo com Robalinho, o evento é uma oportunidade para promover a valorização da cultura pernambucana. "Nós dá um ânimo, é uma satisfação muito grande fazer com que as pessoas tenham esse contato com a nossa cultura de raiz… Levar encantamento e poesia para as pessoas", defende o coordenador. Guilherme explica, ainda, que o formato auxilia na propagação dos saberes populares. "O digital é uma necessidade desses tempos, foi natural buscar essa alternativa. A área de eventos está precisando se reinventar e a internet faz com que possamos acessar um novo público", destaca. O festival tem apoio da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco.

Dentro da programação, as ações formativas e rodas de conversas visam discutir temáticas acerca do sertão pernambucano e a preservação do patrimônio imaterial, como é o caso do bate-papo Grande Sertão: Poesia e Vida- Existe um ou vários sertões?, comandado pela poeta Cida Pedrosa, a cordelista Susana Morais e a professora Haidée Camelo, mestre em linguística que faz parte do grupo Sete Bocas de Luz, formado por compositores, intérpretes, músicos e poetas que percorrem cidades do interior de Pernambuco e da Paraíba. A conversa vai abordar as características de cada microrregião que há dentro do Grande Sertão, que se denominam de acordo com os acidentes geográficos.

O trio também reflete sobre as mudanças que vêm alterando a cultura popular, seus usos e costumes, mas ainda assim mantém a tradição dos poetas, cantadores e violeiros. E visa responder os questionamentos: será que os paredões musicais estão acabando com o xote, xaxado e baião? Ou será que o novo Sertão se modernizou e agora é igual a qualquer outra região?

Sobre a questão, Guilherme Robalinho é enfático. "A gente entende que não há um risco para que essas tradições - que são passadas de pais para filhos - se acabarem, isso permanece, faz parte da identidade da região. As bandeiras estão muito bem protegidas", discorre Robalinho. O festival abriga também a conversa “Desvendando os segredos do repente - aprenda a improvisar com um repentista, guiada por Edmilson Ferreira e destinada aos poetas.

Apresentado por Tony Oliveira, o evento conta, ainda, com suporte de acessibilidade para deficientes auditivos, com a presença de intérpretes de libras na ação formativa e nos dois recitais da poética nordestina. As edições passadas do Festival Bonança costumavam alcançar um público de mais de 2 mil pessoas por ação, a expectativa é que a edição online consiga superar essa média.
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