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CINEMA

Festival Varilux exibe 17 novas produções francesas e o clássico Acossado

Publicado em: 18/11/2020 09:25

 
O festival será exibido em quatro cinemas do Recife e mais de 40 cidades brasileiras. (Foto: Divulgação)
O festival será exibido em quatro cinemas do Recife e mais de 40 cidades brasileiras. (Foto: Divulgação)
 
Anualmente, a produção contemporânea do cinema francês, que por excelência tem uma das maiores tradições na sétima arte, ganha espaço nos cinemas brasileiros através do tradicional Festival Varilux. No primeiro semestre, o evento ganhou versão on-line e a partir de hoje chega às salas do Recife através do Cinemark RioMar, Moviemax Rosa e Silva e Cinema da Fundação (Museu e Derby). Com 18 longas-metragens, sendo 17 inéditos, feitos e lançados entre 2019 e 2020.  O Varilux traz como clássico Acossado, que completa 60 anos. Precursor do movimento artístico Nouvelle Vague, ele é o longa de estreia do lendário Jean Luc-Godard, que completará 90 anos no próximo dia 3 de dezembro.

Por conta da pandemia, existiu muita dúvida sobre a realização. Mas, após o movimento de reabertura, o festival decidiu ser exibido em mais de 40 cidades brasileiras. "O Varilux vai acontecer nas redes exibidoras que estão seguindo todos os protocolos exigidos pelas autoridades e em cidades em que os espaços foram autorizados a reabrir. Assim o público terá certeza de frequentar os cinemas com segurança e reencontrar a cinematografia francesa da qual estava com saudade", afirma Christian Boudier, responsável pela direção e curadoria. A linha curatorial segue o padrão estabelecido edições anteriores: dramas, comédias românticas, filmes com certa repercussão na França, produções com grandes atores, uma animação e um clássico.
 
 (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação
 
Uma das presenças mais tradicionais é a da atriz Juliette Binoche. Nesta edição, ela protagoniza A boa esposa, dirigida por Martin Provost. A comédia foi um dos grandes blockbusters após as reaberturas dos cinemas franceses, levando mais de 600 mil espectadores às salas em junho. Outro ator presente na seleção é Louis Garrel. Em DNA, de Maïwenn, o galã francês atua ao lado de Fanny Ardant e Marine Vacth, em um drama sobre conflitos familiares e de identidade.  

O festival também apresenta Verão de 85, inédito no Brasil, com direção de François Ozon (Sitcom, 8 mulheres e Swimming pool). O filme tem sido bem recebido pela mídia estrangeira, que o ressalta como um coming-of-age melancólico e nostálgico. O longa é baseado no livro Dance on my grave, de Aidan Chambers, e conta a história de uma relação de verão entre Alexis e David.  

Já nas produções documentais, um filme que integra seleção é O capital no século XXI, dirigido por Justin Pemberton. Adaptação de um dos grandes best-sellers dos últimos cinco anos, a obra original foi escrita pelo economista francês Thomas Piketty. No cinema, promete refletir sobre a história moderna das sociedades, através dos contrapontos da riqueza e do poder, pensando o progresso social e desigualdades.

A animação selecionada foi A famosa invasão dos ursos na Sicília, de Lorenzo Mattotti. O filme é uma parábola política, que conta a história de um rei, utilizando o pretexto de um inverno rigoroso, que decide invadir a planície habitada pelos homens.
 
 (Foto: Divulgação)
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O clássico desta edição é Acossado, de Jean Luc-Godard. O longa é um filme de perseguição, homenagem aos noir dos anos 1940 e uma das obras mais importantes do cinema do século 20. O elenco é composto por Jean-Paul Belmondo, que teve uma relação profícua com o diretor, e a atriz norte-americana Jean Seberg. Michel Poiccard (Belmondo) rouba um carro, mata um policial e vai para Paris, onde conhece Patricia Franchin (Seberg), uma jovem aspirante a jornalista que vende jornais na Champs-Élysées. Com o plano de mudar de vida e fugir para Itália, Poiccard tenta conquistar a garota para embarcar em um caminho de fuga sem volta.
 
Mostra
Como atividade paralela gratuita, será oferecida uma mostra com oito filmes de cineastas integrantes da Nouvelle Vague e palestra on-line com Jean-Michel Frodon, crítico e ex-diretor da revista Cahiers du Cinéma, sobre o movimento francês que teve início no fim da década de 1950. A mostra é uma parceria do Varilux e da Embaixada da França no Brasil. Em exibição na mostra especial estarão dois curtas de Jean-Luc Godard e Agnès Varda, que faleceu no início do ano passado, e seis longas de Louis Malle, Godard, Jacques Rivette, Varda e Jacques Demy. Ela acontecerá nos cinemas a partir de dezembro.


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