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Foto: Filipe Gondim/Divulgação |
O coletivo pernambucano Encruzilhada representa o estado na nova etapa cênica do festival Arte como Respiro, promovido pelo Itaú Cultural. O evento abriga uma série de apresentações entre os dias 18 a 22 de novembro e poderá ser conferido através do site da instituição sempre a partir das 20h. As performances ficam disponíveis no site por 24 horas. A edição contará com uma forte presença de trabalhos que abordam questões indígenas, femininas e raciais.
O Coletivo Encruzilhada abre a programação, na próxima quarta-feira (18), com Urtiga, uma videodança gravada dias depois da execução da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, em março de 2018. A performance é encenada pela dançarina Rebeca Gondim, e traz à tona pontos invisíveis da cartografia de uma cidade, questionando quantos desmoronamentos ela já presenciou. Se passa no Alto do Pascoal, na Zona Norte do Recife, mas poderia ser qualquer periferia das grandes cidades do Brasil.
A temática do isolamento social também aparece com força em novos formatos de apresentação entre os 19 projetos contemplados, provenientes do Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Com números poéticos e reflexivos, esta edição destaca, entre outros, trabalhos de artistas e temáticas indígenas, como A Reviravolta dos Pássaros, do grupo Dyroá Báya, raciais e femininas, a exemplo de Vaga Carne, de Grace Passô, assim como a força do teatro de animação, em O BRAILE, Uma Dança às Cegas, da cia Pequod, e a cena de grandes companhias, como em Um Tartufo, Moliére adaptado pelo grupo Teatro Esplendor