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Curta pernambucano de terror LGBTQIA+ tem estreia no YouTube

Publicado em: 06/08/2020 14:54 | Atualizado em: 06/08/2020 15:13

Still de AR, de Marcelo Oliveira e William Oliveira (Foto: 7ª Arte do Vale/Divulgação)
Still de AR, de Marcelo Oliveira e William Oliveira (Foto: 7ª Arte do Vale/Divulgação)

O curta-metragem AR, escrito, dirigido e atuado pelos pernambucanos Marcelo Oliveira e William Oliveira, será lançado no YouTube (youtube.com/user/sescpernambuco) nesta sexta-feira (7), a partir das 17h, em uma parceria com o Sesc-PE. O projeto é uma realização da 7ª Arte do Vale, produtora independente de curtas com temáticas queer. No filme, um artista independente gay está vivendo isolado devido à uma ameaça mortal e tenta escapar do perigo que está cercando sua casa.

O protagonista é Gleydson, homem gay de 35 anos que mora no bairro Boa vista, no Centro do Recife. Ele está dentro de casa, sozinho, sem contato com seus familiares e tentando enfrentar um certo "medo da morte". "Para representar essa atmosfera, utilizamos o gênero terror psicológico, tendo como referências filmes do gênero dos anos 1990, no estilo slasher", diz o texto informativo para divulgar a obra.

De acordo com os criadores, o roteiro aproxima a criação artística da vida real dos integrantes, pois foi elaborado a partir das suas subjetividades e vivências nesse período, além dos relatos reais de amigos LGBTQIA+ sobre ansiedades durante a pandemia do coronavírus. "Na produção, nos dividimos em todas as funções, desde a escrita do roteiro, atuação, gravações até as escolhas de figurino e iluminação das cenas."

Marcelo Oliveira ressalta a importância da representatividade da comunidade LGBT em qualquer gênero do audiovisual, valorizando assim, a relação e a identificação do público específico. "É importante, principalmente nesse momento político, de incentivos cortados para conteúdos LGBTs, que a gente possa protagonizar histórias que até então são representadas por heterossexuais", conta.

Para William Oliveira, o curta é uma forma de comunicar a importância de respirar em momentos mais difíceis. "Nas primeiras semanas do isolamento social foi assustador sentir o coração acelerar, suar frio e ter um medo inexplicável da morte. Tive sorte de ter um companheiro ao meu lado, mas imagino o quanto deve ter sido difícil pro LGBT que esteve sozinho ou que conviveu com uma família preconceituosa."

Assista ao teaser:

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