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LITERATURA

Jogos vorazes, Caixa de pássaros e Crepúsculo ganham novas histórias

Publicado em: 08/07/2020 09:26

 (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação
Os anos 2000 ficaram marcados no cenário da literatura infantojuvenil por duas grandes sagas: a romântica e fantasiosa Crepúsculo, de Stephenie Meyer, e a distópica Jogos vorazes, de Suzanne Collins. A primeira estreou em 2005 e deu origem a uma série de quatro obras — Crepúsculo, Lua nova, Eclipse e Amanhecer — e, em 2008, foi para os cinemas com cinco filmes. Já a segunda teve início em 2008 com uma trilogia de livro — Jogos vorazes, Em chamas e A esperança — e, em 2012, em formato cinematográfico, com quatro longas-metragens. Ambas se tornaram sucesso de vendas de cópias de exemplares e de bilheteria das produções cinematográficas nas telonas.

Órfãos há mais de uma década, os fãs poderão ter contato novamente com os universos de Crepúsculo e Jogos vorazes. Isso porque as duas sagas voltaram a ser revisitadas com o lançamento dos livros Sol da meia-noite, previsto para 8 de agosto, e A cantiga dos pássaros e das serpentes, já disponível para compra nas livrarias e lojas on-line, respectivamente, neste ano, que retomam, cada um ao seu modo, as histórias das duas narrativas.
 
“Acho que estamos vivendo um período curioso nesse sentido. Além da literatura, o audiovisual vem investindo bastante em remakes também, como é o caso dos live-actions da Disney. No caso de Jogos vorazes, a decisão da Suzanne Collins foi criativa, mas acaba fazendo sentido comercialmente, já que a saga tem um fandom que anseia por saber mais sobre o mundo de Panem (em que se passa a história)", avalia Paula Drummond, editora do selo Rocco Jovens Leitores.

"Considerando de maneira mais ampla as séries antigas voltando, acho que há certa nostalgia, somado ao desejo de acompanhar o fandom que já cresceu em idade oferecendo histórias mais adultas para que os leram a saga original quando adolescentes e, claro, a possibilidade de exploração comercial do que já tem público certo. Não acho que esse seja o caso de A cantiga dos pássaros e das serpentes, mas acredito que alguns autores estejam retomando histórias antigas para fazer o que chamamos de fan service, dar aos fãs o que eles querem”, disse.

“A série Crepúsculo é muito amada pelos leitores e pela editora, faz parte da história da Intrínseca de uma maneira muito marcante. Essa história merecia ser contada, então, quando foi anunciado que a autora daria voz a Edward em seu novo livro, não pensamos duas vezes antes de decidir publicar Sol da meia-noite”, conta Talitha Perissé, editora de Aquisição de Livros Jovens da Editora Intrínseca. “Poder revisitar o romance de Bella e Edward tantos anos depois, agora pelos olhos dele, é uma oportunidade única e ficamos muito honrados de poder levar essa história para o público brasileiro”, completa.
 
Novo enredo
No caso de Jogos vorazes, o novo livro, lançado em 19 de junho e intitulado A cantiga dos pássaros e das serpentes, traz uma história completamente inédita. A obra é uma espécie de prelúdio e se passa 64 anos antes dos acontecimentos do primeiro livro da saga de Suzanne Collins, quando Katniss Everdeen se oferece como tributo no lugar da irmã para a disputa televisionada e mortal que define um vitorioso e mostra a manutenção do poder da Capital sobre os distritos de Panem.

Agira, o foco é Coriolanus Snow, conhecido como o vilão da narrativa anterior. Na nova história, o personagem, que mora na Capital, tem apenas 18 anos e se prepara para se tornar um mentor da décima edição dos Jogos vorazes. A tarefa não será fácil, já que ele ficou encarregado do tributo do Distrito 12, o pior dos piores.
“Suzanne Collins é uma das autoras que tem melhor domínio sobre o mundo que criou e isso fica evidente em A cantiga dos pássaros e das serpentes. Ela consegue expandir o universo na saga de Katniss e apresentar personagens igualmente interessantes. Além de editora, também sou fã, e gostei muito de conhecer mais sobre a estrutura dos jogos e as relações de poder entre as famílias da Capital 64 antes da trilogia original. Acho que os leitores gostarão da experiência”, afirma Paula Drummond.

Para a editora, o livro se faz novamente atual por conta das temáticas que aborda nas entrelinhas. “Acho que Jogos vorazes é uma das séries mais importantes dos últimos anos. Ela discute temas como autoritarismo, liberdade, influência política da mídia e a relação complicada entre violência e entretenimento. Apesar de ser uma distopia, uma espécie de projeção exagerada e pessimista do mundo, é plenamente relacionável com situações cotidianas, o jovem leitor consegue transpor o contexto de Panem para refletir sobre o que acontece no seu presente”, avalia.

Outro ângulo
Em 8 de agosto chega às livrarias, Sol da meia-noite, obra que traz de volta a história de amor entre a humana Bella Swan e o vampiro Edward Cullen. A diferença é que, agora, a narrativa é contada pela perspectiva de Edward. Nos outros livros, a narração ficava por conta de Bella. Assim, o leitor volta ao ambiente de Forks, onde se passa o enredo, e testemunha o nascimento do amor do casal pelo olhar do vampiro, mergulhando em um universo novo, sombrio, surpreendente e cheio de revelações.

“Os fãs podem ter certeza de que continua sendo a série pela qual todos se apaixonaram, com personagens inesquecíveis e uma trama bem elaborada. Edward é um personagem sofrido e encantador, então acompanhar tudo pelos olhos dele é único”, comenta Thalita Perissé evitando revelar detalhes da nova perspectiva da história de Crepúsculo. O objetivo da obra é levar os leitores de volta aquele universo iniciado em 2008. “A ideia como um tudo é levar essa pessoa de volta para 2008 — com todas as referências da época (quem você ouvia, o que vestia, o que assistia...).

Transportar a pessoa para aquele época e lembrá-la desse momento em que a série foi tão importante para a vida dela. O lançamento do Sol da meia-noite tem esse afago, essa sensação gostosa que foi viver e crescer apaixonada por essa história de amor”, explica Heloiza Daou, diretora de marketing da Intrínseca. Ainda não há informações confirmadas se a saga deve ganhar toda uma nova sequência de livros a partir de Sol da meia-noite. “Todos os personagens de Crepúsculo são muito queridos pelo público, então os fãs, sem dúvida, ficariam felizes. Nós, na Intrínseca, ficamos na torcida”, diz a editora Thalita.

Continuidade
Depois do sucesso da adaptação no streaming, Caixa de pássaros, de Josh Malerman, ganha uma continuidade (foto: Editora Intrínseca/Divulgação)
Seis anos depois do lançamento de Caixa de pássaros, o autor Josh Malerman decidiu dar continuidade a história de Malorie que foi popularizada pela adaptação da narrativa em formato de filme pela Netflix em 2018. Protagonizada por Sandra Bullock, a trama apocalíptica mostra a personagem tentando sobreviver em um mundo onde ninguém está imune a eventos incontroláveis que a levam a insanidade. Para evitar isso, não se pode abrir os olhos. O objetivo é entrar em contato com as criaturas que causam isso.

A continuação, intitulada Malorie, se passa 12 anos depois que a personagem e os dois filhos conseguem atravessar o rio com o venda nos olhos e chegar até um local seguro. Pela primeira vez, a protagonista recebe uma notícia que parecia impossível: pessoas que ela considerava que estavam mortas, podem estar vivas. Malorie, agora, precisa escolher entre viver de acordo com as regras de sobrevivência que funcionaram tão bem até então, ou se aventurar na escuridão e buscar a esperança mais uma vez.

SERVIÇO
A cantiga dos pássaros e das serpentes
De Suzanne Collins. Tradução: Regiane Winarski. Editora Rocco, 576 páginas. Preço médio: R$ 59,90.

Sol da meia-noite
De Stephenie Meyer. Tradução: Maria Silva. Editora Intrínseca, 736 páginas. Preço médio: R$ 59,90. Lançamento em 8 de agosto.

Malorie
De Josh Malerman. Tradução: Alexandre Raposo. Editora Intrínseca, 288 páginas. Preço médio: R$ 39,90. Lançamento em 21 de julho.
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