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Notícia de Divirta-se

BARÔ BARATA

Quadrinho pernambucano entra em financiamento coletivo para virar animação

Publicado em: 27/01/2020 10:58

Em 2010 a personagem ganhou livro de coletâneas de tiras, publicado com apoio do Funcultura.  (Foto: Divulgação)
Em 2010 a personagem ganhou livro de coletâneas de tiras, publicado com apoio do Funcultura. (Foto: Divulgação)
No futuro, após a hecatombe nuclear, só os insetos sobrevivem e habitam a cidade de Casca Grossa. Com esse mote, Jarbas Domingos constrói a história de um dos personagens mais mal-humorados, porém carismáticos, dos quadrinhos brasileiros: Barô Barata. Ele e o amigo Tapuru vivem em um pequeno apartamento. Em nova fase, a partir do projeto Toca Barô!, o personagem quer ganhar o mundo das animações. A ideia do trabalho é produzir clipes musicais com humor e crítica, características das tirinhas. Para o trabalho se tornar viável, o quadrinista recifense criou um financiamento coletivo na plataforma Kickante.

Com 15 anos desde sua primeira aparição, Barô entra em financiamento coletivo para virar clipe musical. As animações serão musicadas pela banda The Trumps. Entre as recompensas para os colaboradores estão camisas, DVDs, bonecos do Barô Barata, pôsteres e mais.

“Assistia a muito desenho animado. Meu pai trazia um monte de papel do trabalho e eu usava os versos para desenhar, para me distrair mesmo. Comecei a tomar gosto e, no ensino médio, comecei a participar como chargista de um jornal da escola”, relembra Jarbas, sobre o primeiro contato com o desenho. Dos versos das páginas de escritório, surgiu um artista interessado, através do humor, em questões da sociedade como trabalho, meio ambiente e corrupção.

Mas foi apenas nos anos 1990, quando juntou todos os seus trabalhos e os enviou para o jornal Folha de Pernambuco, que Jarbas começou a trabalhar profissionalmente com as tirinhas. Barô Barata apareceu pelas publicações por volta de 2005. Desde então, integrou o Diario de Pernambuco e revistas infantis e juvenis como Recreio e Mundo Estranho, além de livros didáticos. Em 2010, lançou um livro de coletâneas de tiras, publicado com apoio do Funcultura. Essa primeira publicação foi finalista do Troféu HQMIX, o “Oscar brasileiro dos quadrinhos”, junto com Maurício de Sousa, o argentino Liniers (Macanudo), Fernando Gonsales (Níquel Náusea), entre outros.

Mesmo bastante premiado, o autor conta ter ficado surpreso com o alcance do personagem e do seu potencial pedagógico. “Dentro de uma redação, você não faz ideia do alcance do personagem. Em 2015, a gente lançou o projeto Meu Barô é um barato. Aí tive ideia do tamanho, quando recebi material do Barô sendo usado por escolas públicas, até do interior. Alunos e professores mandando cartinha agradecendo, falando da importância do personagem para a alfabetização e interpretação de texto. Foi bem emocionante”, completa.

Para apoiar
Site: www.kickante.com.br/campanhas/toca-baro
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