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PROTESTO

DiCaprio critica mineração em terras indígenas brasileiras

Publicado em: 26/12/2019 19:17

 (Foto: Ben Stansall/AFP)
Foto: Ben Stansall/AFP
O ator Leonardo DiCaprio usou suas redes sociais para criticar a possibilidade de abertura das Terras Indígenas brasileiras para a mineração. 

DiCaprio disse que "apesar das leis brasileiras que fazem com que a mineração seja ilegal na Terra Indígena Ianomami", garimpeiros invadiram as áreas protegidas, trouxeram malária e contaminaram os rios com mercúrio. 

A crítica do ator veio acompanhada de uma imagem de indígenas que, usando seus corpos, formaram a mensagem "Fora Garimpo". O registro foi feito na Terra Indígena Ianomâmi, em Roraima, em 23 de novembro. Cerca de 120 indígenas participaram da formação da mensagem.

Além dos próprios indígenas serem contra a mineração em suas terras, a população brasileira também rechaça a proposta do governo Jair Bolsonaro (sem partido).

Pesquisa Datafolha recente contratada pela organização não governamental ISA (Instituto Socioambiental) mostra que 86% dos brasileiros discordam da permissão à entrada de empresas de exploração mineral nas terras indígenas.

Também recentemente, o MPF (Ministério Público Federal) entrou com ações para que a Justiça cancele processos de mineração em 48 terras indígenas no estado do Pará. Segundo a procuradoria, o cadastramento - o que não significa autorização para explorar, somente interesse no potencial da área– dos processos minerários viola a Constituição Federal e a convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), pela qual é prevista a necessidade de consulta aos povos indígenas em caso de medidas que os afetem.

O MPF afirma que o registro dessas áreas em Terras Indígenas podem gerar pressão e invasões.

Em dezembro, o presidente Bolsonaro também afirmou que deve haver criação de bois em Terras Indígenas. 

"O preço da carne subiu. Nós temos de criar mais bois aqui, para diminuir o preço da carne e eles podem criar boi", disse Bolsonaro na entrada do Palácio do Alvorada, no dia 19 de dezembro. "O índio vai poder fazer em sua terra o que o fazendeiro faz na dele", disse. "Se quer pegar a sua terra e arrendar para alguém plantar soja ou milho, faça isso, respeitando a legislação nossa."

O presidente disse que pretende incluir a regulamentação da agricultura e pecuária comerciais em terras indígenas na proposta para liberar mineração nas áreas protegidas. A proposta deve ser enviada ao Poder Legislativo em 2020. 
 
Confira a publicação: 
 
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"No more mining" -- a powerful message from the Yanomami and Ye'kwana peoples of northern Brazil to the world. Despite Brazilian laws that make mining on Yanomami Indigenous land illegal, thousands of goldminers have recently entered Yanomami Park, one of Brazil’s biggest indigenous reserves, spreading malaria and contaminating rivers with mercury. The invasion comes after the budget for Amazon law enforcement operations in Brazil was slashed, leaving protected areas vulnerable to exploitation. The last time there was an invasion of this scale was during the 1980s, when around one-fifth of the indigenous population died from violence, malaria, malnutrition, mercury poisoning and other causes. At a recent Yanomami and Ye'kwana Leadership Forum, the tribe leaders issued a letter to the main authorities of the Brazilian Executive and Judiciary. "We do not want to repeat this story of massacre," reads the manifesto. Photo supplied by @socioambiental #foragarimpo #standwiththeyanomami

Uma publicação compartilhada por Leonardo DiCaprio (@leonardodicaprio) em 26 de Dez, 2019 às 6:34 PST

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