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As séries de tevê se destacam em 2019; confira como foi o ano nas telinhas

Por: FolhaPress

Publicado em: 26/12/2019 19:06

Entre as minisséries, 'Chernobyl', da HBO, foi o grande destaque do ano (Foto: HBO/Divulgação)
Entre as minisséries, 'Chernobyl', da HBO, foi o grande destaque do ano (Foto: HBO/Divulgação)
Desde a chegada dos serviços on-demand, discute-se o modo de consumo da televisão. Para o espectador, a principal mudança é que, agora, há mais opções, principalmente no quesito das séries. Pesquisa do Kantar Ibope Media mostrou o aumento nos minutos dedicados às produções seriadas. Em 2010, as séries correspondiam apenas a 2% do consumo do público. Nove anos depois, o número pulou para 51%.

Com o maior consumo do público e a maior concorrência, cada emissora e plataforma precisam se diferenciar, entregando, cada vez mais, produtos de maior qualidade. Isso pôde ficar claro em 2019. Tentando barrar o crescimento da Netflix, as emissoras da tevê por assinatura e outros serviços on-demand vieram com força. E, não só no cenário mundial, no Brasil essa disputa também teve resultados. A Globo, que busca se aproximar de um público mais jovem, apostou todas fichas nos conteúdos exclusivos do Globoplay. Tudo isso resultou em mais um bom ano para as séries e minisséries.

O grande destaque de 2019 ficou por conta das ficções baseadas em fatos reais. Quatro delas chamaram bastante atenção, tanto do público quanto da crítica especializada, o que garantiu a indicação a vários prêmios. O acidente nuclear de Chernobyl, ocorrido no fim dos anos 1980, foi o fio condutor da minissérie da HBO, Chernobyl, apontada por muitos como a produção do ano. A trama de Craig Mazin levou o principal prêmio do Emmy e deve brilhar em janeiro também no Globo de Ouro. O trunfo da narrativa foi resgatar uma história triste e trágica de forma honesta.

Também não faltou realismo nas outras três minisséries que se inspiraram em acontecimentos do mundo real. De Ava DuVernay, Olhos que condenam, da Netflix, expôs a dura vida de cinco jovens que foram acusados injustamente de um estupro no Central Park e, só anos depois, conseguiram a absolvição do caso. Outro sucesso entre as minisséries foi The act, do serviço de streaming Hulu. Com Patricia Arquette, a trama retratou a história de Gypsy Rose e Dee Dee Blanchard, que ganhou notoriedade em 2015, quando Dee Dee foi assassinada pela própria filha.

Indicada no Globo de Ouro, o outro sucesso foi Inacreditável, da Netflix, que se baseou nos relatos do livro Falsa acusação: Uma história verdadeira, sobre um estupro que foi tratado como uma denúncia falsa, apesar de fazer parte de mais um caso de um estuprador em série dos Estados Unidos. Impactante, a narrativa serviu como alerta em um ano de crescimento dos casos de violência contra a mulher.

Força feminina
Por mais que o empoderamento feminino tenha sido a palavra do ano passado, 2019 colheu os frutos desse debate criado anteriormente com a reafirmação da força feminina. E um dos nomes que mais representaram isso foi o da atriz Phoebe Waller-Bridge, coroada com três Emmys em 2019 (melhor atriz em série de comédia, melhor roteiro em série de comédia e melhor série de comédia).

Ela é a criadora, roteirista e protagonista da série Fleabag, que entrou no catálogo da Amazon Prime Vídeo. O humor diferenciado de Phoebe Waller-Bridge fez com que a artista dominasse o mundo da comédia em 2019. Na série, a atriz e dramaturga britânica mostrou uma personagem feminina de verdade, com todos os anseios e defeitos de forma natural.

Naturalização também foi o jeito escolhido por Euphoria, da HBO, para contar a história de Rue (Zendaya), uma jovem com problemas psicológicos, e que perpassam por um vício às drogas. Mesmo que a escolha pela narrativa tenha sido envolta de polêmica, a trama agradou ao público mais jovem, exatamente por tentar expor a realidade nua e crua da nova geração, abordando temas tabus.

O ano feminino ainda marcou o adeus de Veep, sátira política também da HBO protagonizada por Julia Louis-Dreyfus. A intérprete da vice-presidente Selina Meyer mostrou sua grandiosidade na história da tevê e, mais uma vez, que as mulheres sabem sim fazer comédia. Na reta final, duas grandes estrelas televisivas Jennifer Aniston e Reese Witherspoon fizeram a diferença no drama The morning show, aposta certeira do Apple TV+, sobre os bastidores de um programa matutino nos EUA.
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