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Estreia

UFPE inaugura cinema com sessão lotada

Publicado em: 09/10/2019 22:24 | Atualizado em: 09/10/2019 23:07

Universidade abriu primeira sala da Zona Oeste do Recife. Foto: Juliana Aguiar/Esp. DP Foto
Após uma espera de quase oito anos entre o período de idealização do projeto e o tempo dedicado às obras, o Cinema da UFPE foi inaugurado na noite de ontem, com a presença de admiradores do audiovisual, estudantes, alunos egressos e membros da comunidade acadêmica. Localizada no Bloco B do Centro de Convenções da Universidade Federal de Pernambuco, a primeira sala de exibição da Zona Oeste do Recife ficou lotada para assistir à sessão de abertura. O cinema tem 178 poltronas, com lugares para cadeirantes e obesos, projetor 4K e som Dolby Digital 5.1, preparado para a exibição de filmes em 2D e em 3D. A partir de novembro, o espaço passará a funcionar regularmente, de terça-feira a sábado, com duas sessões por dia. 

O reitor da universidade, Anísio Brasileiro, o curador Paulo Cunha e diretores da instituição realizaram uma cerimônia de abertura, ressaltando a dedicação da equipe que trabalhou para construção do cinema e o apoio da comunidade acadêmica. “Estou emocionado em inaugurar o cinema e muito agradecido de termos conseguido alocar recursos para a cultura, aquilo que há de mais precioso, que é a identidade de um povo, de um país. Ter um cinema na universidade é um ato de resistência e internacionalização. Esperamos estar presentes para o mundo inteiro”, afirmou, relembrando os cinemas Veneza, Trianon e da Torre, que ocupavam as ruas do Recife.

O idealizador do projeto, Paulo Cunha, destacou o longo processo de estruturação do cinema. “Ao longo desse tempo, contei com uma equipe determinada que teve o cuidado de transformar o cinema em um espaço independente, um espaço de coragem, de resistência e de arte. É um momento de grande importância para mim, que participei de vários processos e iniciativas dentro da universidade. Esse cinema é o que eu deixo e reflete diretamente o meu coração. É um ato de gratidão”, pontuou. Em seguida, a comissão apresentou ao público a placa de fundação do novo equipamento cultural.

Para a sessão inaugural, foram escolhidos dois curta-metragens de ex-alunos do curso de cinema e audiovisual da UFPE. Anny Stone, diretora do filme Gerônimo, se disse feliz em estrear a programação. A cineasta fez parte da primeira turma do curso, criado em 2009. “Exatamente 10 anos depois, eu exibo um filme na mesma universidade onde comecei a estudar cinema. Para mim é uma honra, um momento muito especial, é como ver um ciclo meu se encerrar”, celebrou, ressaltando a qualidade da projeção e os equipamentos de ponta. Para Lucas Simões, diretor do curta-metragem Distopia urbana, a abertura do espaço foi um momento de grande alegria. “Estou sem palavras, pois acompanhei o projeto desde o início e fico muito feliz e honrado de poder assistir ao meu filme nessa sala”, disse.

Ao fim da sessão, alguns estudantes presentes reivindicaram um compromisso da universidade em manter o funcionamento do cinema ao longo dos anos. Em tom de protesto, também foi pedida mais atenção às demais manifestações artísticas, como teatro, dança e música.
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