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Reality gastronômico da Globo quer humanizar chefs e valorizar produtores e ingredientes

Publicado em: 10/10/2019 11:09 | Atualizado em: 10/10/2019 12:23

José Avillez, Batista, Claude Troisgros, Kátia Barbosa e Leo Paixão. Foto: Victor Pollak/Globo

Rio de Janeiro - A popularização dos talent shows gastronômicos foi um dos principais fenômenos da T V aberta nesta década. A cozinha, cenário outrora calmo e acolhedor nos programas matinais voltados ao público feminino, se transformou em uma arena de combate. A principal influência é, claro, do MasterChef Brasil, formato comprado pela Band em 2014 e que se tornou sucesso de audiência com suporte das redes sociais. É antenada nesse potencial que a Rede Globo estreia nesta quinta-feira (10) o Mestre do Sabor, logo após A dona do pedaço. O modelo inédito é concepção de J. B. Oliveira, o Boninho, com direção compartilhada por LP Simonetti e Aida Silva. 

A apresentação é do francês radicado no Brasil Claude Troisgros, renomado na gastronomia no país, acompanhado pelo braço-direito Batista. Ambos já são conhecidos na TV por assinada por programas da GNT, também do grupo Globosat. O júri será composto pelo mineiro Léo Paixão, a carioca Kátia Barbosa e o português José Avillez, um time que tenta pluralizar as visões sobre comida do país.

Nas primeiras semanas, o público conhecerá 24 chefs profissionais que vão preparar seus melhores pratos. Os três mestres vão degustá-los sem saber quem os cozinhou - remetendo a uma espécie de “audições às cegas” do The voice Brasil, da mesma emissora. A cada sessão, o trio decide se o candidato segue para a com- petição com um alerta em um grande telão. Esse modus operandi segue em todas as outras seis fases da competição. 

Batista e Claude Troisgros. Foto: Victor Pollak/Globo

Por ser um formato em alta na TV, as comparações com o MasterChef Brasil vão chegar - e as redes sociais não perdoam. Na entrevista coletiva sobre a novidade realizada no Projac, o principal ponto citado para diferenciar Mestre do Sabor foi a “humanização” do chef. O julgamento dos jurados não será tão duro, característica que foge um pouco de talents shows no geral. “Desde a concepção ficou claro que iríamos fazer menos drama”, explica Claude Troisgros. "O drama naturalmente existe, pois é uma competição. Mas queremos um ambiente mais acolhedor, de aprendizado para os chefs que estarão conosco. Eles também nos ensinam a dar o melhor de si. Eu topei fazer esse programa pela pegada do ensinamento”, continua, com seu habitual sotaque francês. 

Outro tópico que o programa levanta é a origem dos ingredientes usados. Entre as cenas da competição, trechos com pequenos agricultores rurais serão exibidos, revelando algumas histórias vividas por personagens que ajudam a construir a gastronomia regional.“Esse é um trabalho quase invisível, às vezes doloroso”, diz Kátia Barbosa. “Para que nós possamos nos alimentar minimamente bem, precisamos desse cara lá do campo. Se chove ele se dá mal, se faz sol demais também. Isso nos afeta. O programa quer jogar luz nisso”.

Além dos rostos de quem produz, existirá uma abordagem sobre os próprios ingredientes, que vão estar em um mercado montado dentro do estúdio. “O Brasil tem mais de 30 produtos entrando em extinção por falta de uso”, continua Kátia. “É a nossa cultura que está se esvaindo. Com isso podemos esmiuçar as próprias técnicas da comida brasileira, inf luenciada pelos portugueses, claro, mas também pelos negros e índios. A comida é uma coisa que mexe muito com o ser humano, todo mundo tem aquele prato que ninguém consegue reproduzir porque era avó, mãe ou babá que fazia”.

LP Simotti, diretor artístico com mais de 20 anos produzindo e dirigindo realities, que acredita que esse combo da valorização dos chefs, produtores e ingredientes será a chave do sucesso da novidade. “Cada reality é único, em suas características e seus diferenciais. Pensamos em conteúdos adequados para cada janela. Queríamos um formato novo, e estamos muito felizes com o resultado final. Todos adoram comida e temos a intenção de valorizar a produção brasileira: receitas, ingredientes, técnicas”.

O diretor também explica que o reality será multiplataforma, com conteúdo na TV aberta, na TV fechada e na internet. O GShow contará com dicas de culinária e conversas leves que repercutem a edição do dia. O GNT terá reprises com conteúdo estendido, às sextas-feiras.

CONHEÇA AS FASES DO REALITY

PRATO DE ENTRADA
o público conhecerá 24 chefs profissionais que vão preparar seus melhores pratos. Os três mestres vão degustá-los sem saber quem os cozinhou - remetendo a uma espécie de “audições às cegas” do The voice Brasil, da mesma emissora. A cada sessão, o trio decide se o candidato segue para a com- petição com um alerta em um grande telão.

NA PRESSÃO
A fase tem duas etapas. Na primeira, os três times cozinham um menu completo. Cada mestre orienta seus cozinheiros e quem elege o melhor é Troisgros, que salvará um time da segunda prova. A etapa seguinte é a Batalha dos Cucas. Os chefs cozinham individualmente e voltam a ser avaliados pelos mestres José Avillez, Kátia Barbosa e Léo Paixão, que definirão os dois participantes que deixam a disputa.

DUELOS
Esta etapa tem duelos em “mata-mata”. A cada episódio, duplas são formadas por escolha dos próprios cozinheiros e os chefs disputam a preferência dos mestres. O melhor cozinheiro de cada duelo segue na competição.

NA BALANÇA
A fase tem duas rodadas de provas individuais. Na primeira, os chefs cozinham um prato e José Avillez, Kátia Barbosa e Leo Paixão elegem, cada um, seu preferido. Os chefs responsáveis pelos pratos eleitos são classificados para a semifinal. Os chefs restantes cozinham individualmente em mais uma rodada da prova. Os mestres elegem os melhores e põem mais três chefs na semifinal.

SEMIFINAL E FINAL
Seis chefs cozinham seu melhor prato e Troisgrois volta ao papel de avaliador. Ele degusta todos os pratos e coloca dois participantes na final. Na segunda rodada, os mestres assumem o posto de avaliadores e elegem outros dois competidores para compor o quarteto finalista.

Assista à chamada do programa:

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