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Nobel

Nobel de Literatura vai para polonesa Olga Tokarczuk e austríaco Peter Handke

Por: AFP

Publicado em: 10/10/2019 10:54

Autora polonesa Olga Tokarczuk e o romancista e dramaturgo austríaco Peter Handke. Foto: Barbara Gindl, Beata Zawrel/APA/AFP
A escritora polonesa Olga Tokarczuk é a vencedora do prêmio Nobel de Literatura de 2018 e o romancista austríaco Peter Handke foi laureado com o Nobel de 2019, anunciou a Academia Sueca nesta quinta-feira (10). O prêmio foi concedido a dois autores depois que a atribuição da láurea no ano passado foi adiada devido a um escândalo sexual.
 
O escândalo revelou os segredos que ocorriam no interior de uma instituição afetada por intrigas e corrupção. A Academia Sueca precisou lidar com as relevações de agressões sexuais de um francês, Jean-Claude Arnault, influente personalidade da cena cultural sueca e que recebia generosos subsídios da academia. Ele foi condenado a dois anos e meio de prisão por estupro.

Tokarczuk foi premiada por "sua imaginação narrativa que, com uma paixão enciclopédica, simboliza a passagem de fronteiras como forma de vida", afirmou o secretário da Academia Sueca, Mats Malm. O Nobel de 2019 foi concedido a Handke por uma obra "repleta de ingenuidade linguística que explora a periferia e a singularidade da experiência humana".
 
Os autores 
Autora de uma dezena de livros, Olga Tokarczuk, 57 anos, é considerada na Polônia a escritora mais talentosa de sua geração. Sua obra, variada e traduzida para mais de 25 idiomas, vai de um conto filosófico até um romance policial de tom ecológico, passando por um livro histórica de 900 páginas, Os livros de Jacó (2014). Seu único livro publicado no Brasil foi Os vagantes.  Identificada politicamente com a esquerda, ecologista e vegetariana, a escritora, que geralmente usa dreadlocks, não hesita em criticar a política do atual governo nacionalista conservador do Partido Direito e Justiça (PiS).
 
Peter Handke, 76 anos, publicou mais de 80 livros e é um dos autores de língua alemã mais lidos e interpretados do mundo. Publicou sua primeira obra em 1966, As vespas, antes de se tornar famoso com o livro O medo do goleiro diante do pênalti, em 1970. "O Nobel de Literatura? Deveria acabar. É uma falsa canonização que não representa nada para os leitores", afirmou Handke há alguns anos.
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